Brasil, 11 de outubro de 2025
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China critica postura dos EUA após ajuda financeira à Argentina

A China acusa os EUA de promover intervenção reminiscentes da Guerra Fria na América Latina, após anúncio de ajuda à Argentina

A embaixada chinesa em Buenos Aires afirmou neste sábado que as declarações do secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, evidenciam uma mentalidade de confrontação que remete à era da Guerra Fria. Bessent afirmou que o presidente da Argentina, Javier Milei, estaria “comprometido em tirar a China do país” e fez essas declarações em uma entrevista à Fox News, enquanto os EUA oferecem uma linha de ajuda financeira de US$ 20 bilhões à Argentina.

Reações da China à intervenção americana na América Latina

Segundo a embaixada chinesa, as afirmações dos EUA demonstram uma “mentalidade da era da Guerra Fria” e uma “intimidação recorrente” contra países latino-americanos. Em sua publicação nas redes sociais, a missão diplomática destacou que a postura dos Estados Unidos no continente “continua a ser marcada por ações de confronto e intervenção nos assuntos de nações soberanas”.

Contexto da ajuda financeira e a relação com a disputa geopolítica

A ajuda de US$ 20 bilhões à Argentina tem como objetivo estabilizar o mercado financeiro do país e apoiar Milei antes das eleições legislativas de 26 de outubro. Ainda não está claro o que Washington poderá exigir em troca dessa assistência. Milei, por sua vez, afirmou que a ajuda norte-americana não estaria condicionada à sua relação com a China, apesar das tensões na região.

Intensificação da rivalidade entre China e EUA na América Latina

A disputa entre China e EUA na região tem se intensificado, com Pequim expandindo sua influência por meio de apoio econômico à Argentina, que recebeu uma linha de crédito de US$ 18 bilhões, além de investimentos na construção de uma base de lançamento espacial na Patagônia. A China também ampliou sua presença no comércio e na mineração de minerais estratégicos, especialmente as terras raras, cujo controle é uma preocupação dos norte-americanos.

Declarações de Bessent e o posicionamento de Milei

Durante o anúncio da ajuda, Bessent destacou a riqueza de minerais de terras raras na Argentina, ressaltando as restrições impostas pela China ao setor. Na mesma linha, Milei afirmou que Washington não condicionou sua ajuda ao fim de um acordo com Pequim, apesar das divergências comerciais e estratégicas entre os dois países.

Tensões comerciais entre EUA e China

Na sexta-feira, o ex-presidente Donald Trump ameaçou impor uma tarifa adicional de 100% sobre produtos chineses e controles de exportação de softwares estratégicos a partir de 1º de novembro. Trump afirmou que poderia recuar nessas medidas caso a China suspendesse suas restrições sobre minerais raros, um movimento que impacta diretamente o posicionamento de Milei, que inicialmente criticou Pequim mas passou a chamá-la de “grande parceira comercial”.

Perspectivas futuras na disputa global

A postura pró-EUA de Milei coloca o presidente argentino em uma situação delicada diante da disputa comercial entre as duas maiores economias do mundo. A mudança de discurso do líder libertário reflete a complexidade das alianças e estratégias que o país adotará no cenário internacional, marcado por tensões e disputas pelo domínio de recursos e influência na América Latina.

Para mais detalhes, acesse o artigo completo no Fonte original.

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