Celso Freitas, um dos rostos mais conhecidos do jornalismo da Globo por quase três décadas, compartilhou detalhes sobre sua tumultuada saída da emissora em 2004. Durante uma entrevista ao programa The Noite, conduzido por Danilo Gentili, o jornalista revelou que sua decisão de se mudar para a Record não foi bem aceita pela Globo, resultando em sua exclusão da festa de 50 anos do Jornal Nacional, realizada em 2019.
Rancor e exclusão da festa
Ao comentar sobre sua não participação no evento que celebrava cinco décadas de um dos telejornais mais emblemáticos do país, Celso Freitas foi direto: “A direção ficou com rancor”. Gentili, que demonstrou indignação com a situação, questionou como alguém que fez parte da história da emissora pode ser esquecido. “Você faz parte da história do negócio e não te convidam? Isso é sacanagem”, disparou.
Sobre a situação, Freitas expressou sua gratidão tanto à Globo quanto à Record pelas oportunidades que recebeu durante sua carreira, mas reconheceu que o ressentimento estava presente. “Eles ficaram rancorosos por causa da minha saída”, enfatizou, elucidando como questões de ego e lealdade muitas vezes marcam as relações na televisão.
A mudança no cenário da TV brasileira
Apesar das mágoas do passado, Celso Freitas decidiu abordar a situação de maneira mais leve. Ele comentou sobre um recente episódio em que participou de um programa em honra a Fátima Bernardes, indicando que os ânimos no meio televisivo têm se suavizado. “Outro dia eu participei de um programa homenageando a Fátima Bernardes”, relembrou, referindo-se à sua presença no Encontro com Patrícia Poeta, em abril deste ano.
O jornalista destacou que, durante muito tempo, parecia haver uma monopolização das aparições e homenagens apenas para os profissionais da Globo, como se os restantes não existissem. “Durante muitos anos, ficou muito fechado, como se só existisse a Globo”, disse Freitas, ressaltando uma possível transformação nas relações entre as emissoras.
O futuro pós-Greves
A evolução nas dinâmicas do jornalismo televisivo no Brasil pode ser vista como um reflexo das mudanças na indústria. A rivalidade entre [as emissoras está diminuindo](https://gente.ig.com.br/colunas/gabriel-de-oliveira/2025-10-11/ex-ancora-da-record–celso-freitas-cita-magoa-da-globo.html), e agora, jornalistas de diferentes casas têm colaborado mais frequentemente, celebrando conquistas e marcos da indústria juntos.
Freitas, em sua sincera abordagem, pode servir de exemplo para novos profissionais da comunicação que buscam não apenas construir sua carreira em uma emissora, mas também promover um espírito de camaradagem que favoreça o crescimento do jornalismo como um todo. “Acredito que é um momento de mudança, onde a rivalidade não precisa predominar”, concluiu.
Enquanto o passamento histórico de Celso Freitas na Globo continua a ressoar, seu impacto no jornalismo brasileiro certamente deixará lições importantes para as futuras gerações. O ideal de promover a união e a valorização dos profissionais, independentemente de onde tenham trabalhado, pode, finalmente, ser uma realidade no futuro da televisão.