Brasil, 11 de outubro de 2025
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CDC fica ‘não funcional’ após demissões em massa ordenadas pelo governo Trump

Despedidas afetaram líderes e equipes essenciais, colocando em risco o monitoramento de doenças nos EUA durante a temporada de vírus

Ainda sob as consequências de um período de incertezas, a partir de anúncios feitos na última sexta-feira, o Centers for Disease Control and Prevention (CDC), principal órgão de saúde pública dos Estados Unidos, foi severamente impactado por uma onda de demissões em massa ordenadas pela administração Trump, incluindo cerca de 70 agentes do Epidemic Intelligence Service e toda a equipe responsável pelo relatório semanal de doenças.

Impacto na capacidade de monitoramento e resposta a epidemias

De acordo com reportagem do Time, as demissões atingiram setores críticos relacionados a doenças respiratórias, doenças crônicas, prevenção de acidentes e saúde global. Especialistas alertam que essas perdas podem comprometer gravemente a detecção e o controle de surtos de doenças, tudo em um momento de aumento das infecções sazonais nos EUA.

Consequências para o sistema de saúde pública americano

Dr. Angela Rasmussen, virologista canadense, afirmou que as demissões configuram um “golpe fatal” ao funcionamento do CDC, que já havia sido minimamente afetado por cortes anteriores sob a liderança do secretário de Saúde e Serviços Humanos, Robert F. Kennedy Jr. Ela alerta que o órgão deixa de possuir capacidade de acompanhar doenças infecciosas, como influenza, e de comunicar-se com o público, fortalecendo o risco de crises de saúde pública descontroladas.

“O CDC perderá sua habilidade de detectar surtos e responder a eles. Não será mais possível rastrear doenças, tanto nos Estados Unidos quanto globalmente. Isso inclui ameaças infecciosas como gripe, E. coli, Ebola, além de doenças crônicas e acidentes”, comentou Rasmussen.

Risco elevado com início da temporada de vírus respiratórios

Outros profissionais de saúde, como Michelle Au, deputada estadual da Georgia e anestesiologista, manifestaram preocupação nas redes sociais, destacando que a nação está se aproximando do pico da temporada de vírus respiratórios, quando a circulação de vírus como COVID-19, influenza e RSV geralmente aumenta, e o país “está operando às cegas” nesta fase crítica.

Futuro do órgão e possíveis recomendações

Especialistas questionam o impacto a longo prazo dessas ações sobre a capacidade do CDC de liderar ações de saúde pública e pedem por medidas que possam restaurar suas funções essenciais. Ainda não há indicações concretas de recontratações ou de fortalecimento do sistema, o que preocupa autoridades e a sociedade civil.

Segundo analistas, o momento exige atenção redobrada às estratégias de combate às doenças e fortalecimento das instituições públicas de saúde nos Estados Unidos, que atualmente se encontram fragilizadas por decisões do governo.

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