Altas temperaturas, baixa umidade e falta de chuva são características comuns durante os últimos meses do ano para os piauienses. Mesmo sendo o B-R-O BRÓ um fenômeno temporário, suas consequências podem ocasionar problemas persistentes na saúde respiratória, como o agravamento de quadros como asma, bronquite e infecções. A médica otorrinolaringologista da IDOMED, Alexandra Kolontai, traz dicas e cuidados que vão desde a alimentação até hábitos regulares.
Muito além da sensação de calor, o período afeta diretamente o sistema imunológico, tornando-o mais vulnerável à poeira, vírus, bactérias e fungos.
“Nesse período, atitudes simples fazem muita diferença, como tomar líquidos ao longo do dia, usar umidificadores, realizar a higienização nasal, evitar ambientes com muita poeira e ter cuidado com as mudanças bruscas de temperatura”, pontua Alexandra Kolontai. A médica chama a atenção para o cuidado ao sair de um ambiente muito quente diretamente para o ar-condicionado, o que pode causar irritação nas vias respiratórias.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aponta ausência de chuvas e baixos índices de umidade relativa do ar durante o início do mês de outubro no Piauí, além de temperaturas acima da média histórica em todos os estados do Nordeste. Ainda de acordo com o Inmet, três cidades do Piauí figuraram entre as mais quentes do país no mês de setembro: Oeiras (41,2 °C), Picos (38,9 °C) e Corrente (38,4 °C).
A especialista do Instituto de Educação Médica (IDOMED) esclarece outras formas de amenizar os efeitos da baixa umidade:
“Quem não tem umidificador pode usar uma bacia de água ou uma toalha molhada no quarto. Ao dormir, recomenda-se evitar a direção direta do ventilador ou do ar-condicionado no rosto, para não ressecar o nariz e a garganta”, pontua Alexandra Kolontai.
A alimentação e a hidratação também são grandes aliadas durante o período mais quente do ano. Ingerir sucos naturais e água de coco pode amenizar os impactos da desidratação. Alimentos leves e frutas, como melancia, laranja e melão, são ótimas recomendações por seu alto teor de água e vitaminas.
A médica otorrinolaringologista adverte para os cuidados que pessoas com doenças crônicas, alergias e rinossinusites devem ter ao longo desse período. Crianças e idosos são os mais afetados pelas altas temperaturas e devem ficar atentos aos cuidados e sintomas.
“Sintomas como falta de ar persistente, chiado e dor no peito, tosse seca e febre não devem ser ignorados”, conclui.
Com informações da Ascom