Brasil, 9 de outubro de 2025
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Trump mistura fatos e fantasia em discurso viral sobre Osama Bin Laden

Exclusivo: declarações over-the-top de Trump sobre Bin Laden e 9/11 geram debates e reações na internet

Durante um discurso de 45 minutos na Naval Station de Norfolk, Virginia, em celebração ao 250º aniversário da Marinha, Donald Trump fez afirmações improbáveis sobre Osama Bin Laden, 11 de setembro e Pete Hegseth, que rapidamente viralizaram na internet. O momento, que já conta com mais de 8 milhões de visualizações, foi marcado por uma mistura de nostalgia, confusão histórica e autoconfiança típica do ex-presidente.

Falha na sequência histórica e fatos distorcidos

Trump afirmou que foi ele quem previu o ataque de 11 de setembro um ano antes de sua realização, citando seu livro “The America We Deserve”, publicado em janeiro de 2000. Segundo o ex-presidente, ele alertou Pete Hegseth e o mundo sobre Osama Bin Laden, apesar de a referência ao terrorista na publicação não explicitamente prever o ataque ou ordenar sua eliminação — uma leitura contestada por especialistas e fontes factuais.

“E lembrem-se, a história nunca vai esquecer que foram os SEALs que invadiram o esconderijo de Bin Laden e deram um mouse em sua cabeça. E por favor, lembrem-se, eu escrevi sobre Bin Laden exatamente um ano antes dele explodir o World Trade Center”, afirmou Trump em trecho que viralizou com comentários críticos e memes de convescência.

Reações e críticas à narrativa de Trump sobre Bin Laden e 9/11

À medida que as declarações do ex-presidente se espalharam, figuras públicas e internautas não pouparam críticas. Gavin Newsom zombou na rede social: ” Será que Trump sabe em que ano estamos?” enquanto Jessica Riedl, do Manhattan Institute, comparou as afirmações de Trump a um alerta de Hitler em 1942, apontando a falta de factualidade de suas alegações.

Outros usuários brincaram com o fato de Trump inserir Hegseth na narrativa, alegando que ele misturou eventos e anos históricos como uma “salada de palavras”. “É como se Trump estivesse atuando como um olheiro esportivo, entrando na fantasia de ser um estudioso de história”, comentou um internauta. Ainda houve preocupação sobre as possíveis interpretações dessas falas, com algumas pessoas considerando que podem alimentar teorias conspiratórias ou desinformação.

Contexto político e o desempenho na Naval Station

Muito antes de suas declarações sobre Bin Laden, a participação de Trump na celebração do aniversário da Marinha destacou-se por uma abordagem mais centrada em seus feitos à frente do governo. De acordo com a cobertura da CBS local, ele evitou discursos políticos tradicionais, focando nos gastos militares e no domínio naval dos EUA durante seu mandato.

Trump também tem reiterado suas alegações de que previu os atentados de 11 de setembro, muitas vezes citando seu livro. Segundo a revista Newsweek, o texto de 2000 faz apenas uma referência superficial a Bin Laden e não sugere uma previsão ou uma ordem para sua eliminação, levantando dúvidas sobre a veracidade das afirmações feitas pelo ex-presidente.

Repercussões e próximas etapas

Especialistas e analistas políticos continuam avaliando as implicações de declarações tão disparatadas de Trump, que reforçam a sensação de que suas afirmações muitas vezes misturam fatos distorcidos com construções pessoais. A viralização dessas frases provoca debates acalorados sobre a linha entre memória histórica e desinformação.

Por ora, o episódio reforça a relevância de checar os fatos e de manter uma postura crítica diante de discursos que, embora carregados de autoconfiança, muitas vezes não resistem ao escrutínio factual. A questão que fica é: como esses episódios afetarão a confiança do público nas informações oficiais e na narrativa histórica?

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