O Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, anunciou nesta quinta-feira (9) que o país concedeu um apoio financeiro significativo à Argentina, que enfrenta dificuldades para estabilizar sua taxa de câmbio. A medida inclui um acordo de swap cambial no valor de US$ 20 bilhões e a compra direta de pesos argentinos pelo governo americano.
Detalhes do apoio dos EUA à Argentina
Segundo Bessent, Washington finalized um acordo de swap cambial no valor de US$ 20 bilhões com o banco central argentino, além de ter realizado compras diretas de pesos argentinos. “Para esse fim, hoje compramos diretamente pesos argentinos”, afirmou o secretário nas redes sociais. A iniciativa visa fortalecer a liquidez do país e apoiar sua estratégia fiscal.
Durante negociações com o ministro argentino Luis Caputo, Bessent destacou a importância da cooperação com o Fundo Monetário Internacional (FMI), que mantém uma linha de crédito de US$ 20 bilhões com a Argentina e participa ativamente do processo de apoio econômico. “O sucesso da agenda de reformas da Argentina é de importância sistêmica, e uma Argentina forte e estável ajuda a estabilizar a região”, declarou.
Contexto econômico e impacto internacional
A Argentina atravessa um momento de grave crise financeira, marcada por alta inflação, baixa liquidez e instabilidade cambial. Apesar da união da comunidade internacional e do apoio do FMI, as autoridades americanas destacam a necessidade de ações rápidas e coordenadas.
O anúncio do apoio dos Estados Unidos gera repercussão nos mercados financeiros. Os títulos da dívida argentina, denominados em dólar, tiveram aumento de mais de 4 centavos por dólar, atingindo máximas do dia. Além disso, o peso argentino teve valorização de 0,7% frente ao dólar, impulsionado pela intervenção americana na moeda.
Perspectivas e interesses geopolíticos
Bessent ressaltou que “o foco dos EUA é em alcançar uma liberdade econômica fiscalmente sólida para o povo argentino, por meio de impostos mais baixos, maior investimento e criação de empregos”. Ele também admitiu que há interesses geopolíticos envolvidos na ajuda, destacando que uma Argentina forte e estável é estratégica para o Hemisfério Ocidental.
Apesar dos avanços, o apoio americano enfrenta resistência de alguns legisladores democratas, preocupados com possíveis impactos para agricultores americanos, especialmente no setor de soja. A visita do presidente argentino Javier Milei à Casa Branca, marcada para 14 de outubro, deve reforçar as negociações bilaterais.
Pontos finais e próximos passos
A ajuda financeira dos EUA à Argentina demonstra um esforço bilateral importante para superar a crise. Segundo Bessent, a parceria visa garantir uma estabilidade econômica de longo prazo e apoia as ações do país na sua estratégia de reformas. A expectativa é que o apoio impulsione a retomada econômica da Argentina, contribuindo para a estabilidade regional.