Brasil, 9 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Rendimentos menores entre pretos, pardos e indígenas, diz IBGE

Dados do Censo 2022 revelam desigualdade de renda racial no Brasil, com pretos, pardos e indígenas recebendo salários inferiores à média nacional

Os dados preliminares do Censo 2022, divulgados nesta quinta-feira (9) pelo IBGE, mostram que trabalhadores pretos, pardos e indígenas recebem, em média, salários menores do que a média nacional, que ficou em R$ 2.851. Os valores médios entre esses grupos foram de R$ 2.186 para pardos, R$ 2.061 para pretos e R$ 1.683 para indígenas.

Desigualdade de renda e nível de estudo

Apesar de o rendimento mensal aumentar com o nível de escolaridade, as pessoas de cor ou raça preta, parda e indígena continuam registrando resultados abaixo da média. A maior discrepância foi observada entre trabalhadores com ensino superior completo, sendo que esses grupos ainda apresentam salários inferiores à média nacional. Segundo o IBGE, a desigualdade racial se acentua no mercado de trabalho.

População ocupada e distribuição de renda

O IBGE indicou que pretos, pardos e indígenas representam a maior parcela da população ocupada que recebe até um quarto do salário mínimo mensal, ou seja, menos de R$ 303, no período de levantamento entre 25 e 31 de julho de 2022. Cerca de 41% da população indígena ocupada apresenta esse nível de rendimento, percentual que chega a 17% entre pardos e 14,9% entre pretos.

Índice de Gini e desigualdade regional

O Brasil apresentou um Índice de Gini de 0,542 em 2022, indicando alta desigualdade na distribuição de renda. As regiões Norte (0,545) e Nordeste (0,541) tiveram os maiores índices, coincidentemente aquelas com os menores rendimentos médios domiciliares per capita. Já a Região Sul, com um índice de 0,476, mostrou uma distribuição mais equilibrada. Os dados reforçam a persistente desigualdade regional no país.

Taxa de ocupação e variações por região

O percentual de pessoas de 14 anos ou mais ocupadas no Brasil ficou em 53,5%, uma leve queda em relação ao Censo de 2010, que apresentou 55,5%. As regiões Sul (60,3%), Centro-Oeste (59,7%) e Sudeste (56%) tiveram os maiores níveis de ocupação, enquanto Nordeste (45,6%) e Norte (48,4%) ficaram com os menores.

Entre os estados, Santa Catarina (63,5%), Distrito Federal (60,4%), Mato Grosso e Paraná (60,3%) apresentaram os maiores percentuais de pessoas com carteira de trabalho, enquanto Piauí (43%), Paraíba (43,5%) e Maranhão (43,6%) registraram os menores índices.

Os dados evidenciam que a desigualdade de renda no Brasil segue sendo um grande desafio social e econômico, refletindo diferenças regionais e raciais que impactam o mercado de trabalho e o padrão de vida da população.

Mais detalhes podem ser conferidos na reportagem do G1.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes