Brasil, 29 de dezembro de 2025
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Procon Goiás autua empresa de cosméticos de Virgínia Fonseca

Wepink, marca de cosméticos da influenciadora, é acusada de atraso nas entregas e falta de suporte ao consumidor.

Goiânia – A Wepink, marca de cosméticos que conta com a influenciadora Virgínia Fonseca como uma de suas proprietárias, enfrenta sérios problemas com o Procon Goiás. A empresa foi autuada por descumprimento no prazo de entrega de produtos adquiridos por meio de seu site, além da falta de assistência adequada ao consumidor durante as etapas de pré e pós-venda.

Reclamações em alta

Nos anos de 2024 e 2025, o Procon recebeu cerca de 340 reclamações contra a Wepink, relacionadas principalmente a atrasos e não entregas de pedidos. Segundo os consumidores, a situação se tornou insustentável, levando muitos a buscar o cancelamento de suas compras e a restituição dos valores, que em muitos casos não foram atendidos pela empresa.

Um exemplo alarmante é o relato de uma consumidora que fez uma compra pelo site da Wepink há aproximadamente sete meses. Ela afirmou que, após não receber os produtos, solicitou o cancelamento e o reembolso, mas não teve sua demanda atendida.

Influência das vendas ao vivo

De acordo com o Procon Goiás, as vendas da Wepink são impulsionadas por transmissões ao vivo realizadas nas redes sociais e na popular plataforma de vídeos, onde influenciadores, incluindo Virgínia Fonseca, apresentam produtos a preços extremamente atrativos. Durante essas lives, são disponibilizados links promocionais e promessas de entrega rápida, que nem sempre se concretizam.

Apesar das diversas reclamações de consumidores sobre a falta de entrega e a dificuldade em contatar a empresa para cancelamentos e estornos, as transmissões ao vivo continuam sem interrupções. O superintendente do Procon Goiás, Marco Palmerston, frisou que as empresas devem cumprir as ofertas anunciadas. “O atraso ou a não entrega de uma mercadoria configuram descumprimento de oferta. O consumidor tem o direito de exigir outro produto equivalente ou a restituição do valor pago, além dos custos de envio e eventuais perfis de dano financeiro,” afirmou Palmerston.

Cumprindo normas do consumidor

Após o número elevado de reclamações em 2024, o Procon Goiás notificou a Wepink no início de 2025, concedendo um prazo de 20 dias para que a empresa apresentasse documentação esclarecedora sobre os atrasos e a falta de entrega. No entanto, a marca não enviou os documentos solicitados no prazo estabelecido, o que resultou na autuação da empresa.

A Wepink foi penalizada por descumprir o artigo 6 do Código de Defesa do Consumidor, que assegura o direito à informação e protege contra práticas abusivas dos fornecedores. Além disso, a empresa violou o artigo 39 do CDC, que se refere à recusa ou descumprimento injustificável das demandas do consumidor, bem como a falta de prazos adequados para o cumprimento de suas obrigações.

A situação nos quiosques da marca

As autuações não se limitaram apenas à loja virtual. Os quiosques da WePink localizados nos shoppings Flamboyant e Passeio das Águas, em Goiânia, também foram notificados e solicitaram esclarecimentos sobre as práticas de preços e promoções realizadas. Após análise dos documentos apresentados, os responsáveis pelos quiosques garantiram que não foram encontradas irregularidades.

Outras implicações

Embora a Wepink tenha sido autuada, o problema de insatisfação do consumidor em relação à entrega de produtos continua sendo uma preocupação para as autoridades. O Procon Goiás segue monitorando a situação da empresa e os impactos que suas práticas comerciais têm causado aos consumidores.

É fundamental que as marcas, especialmente aquelas que se beneficiam da influência nas redes sociais, atuem com transparência e responsabilidade, não apenas na promoção de seus produtos, mas também no atendimento às expectativas dos consumidores.

Portanto, a orientação é clara: os consumidores devem estar atentos ao realizar compras online, especialmente com marcas que estimulam vendas através de promessas que nem sempre são cumpridas. A proteção dos direitos do consumidor deve ser sempre priorizada.

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