O presidente dos Estados Unidos anunciou nesta sexta-feira (9 de outubro de 2025) que Israel e Hamas chegaram a um acordo para a primeira fase de um tratado de paz, encerrando anos de guerra na Faixa de Gaza. A iniciativa inclui a retirada gradual das forças israelenses e a devolução de todos os reféns ainda em poder do Hamas.
Principais pontos do acordo de paz
De acordo com Donald Trump, estima-se que 48 reféns permaneçam em Gaza, sendo 20 ainda vivos. Em troca, Israel se compromete a libertar aproximadamente 250 palestinos condenados à prisão perpétua e outros 1.700 detidos após o ataque terrorista de Hamas em 7 de outubro de 2023, que deu início ao conflito. “Este é um dia histórico para o mundo árabe, muçulmano, Israel e todos os países vizinhos”, afirmou Trump em sua rede social Truth Social.
A governo israelense se reunirá nesta quinta-feira para formalizar o acordo, após o que será iniciado um cessar-fogo. Além disso, o auxílio humanitário a Gaza será ampliado, com previsão de entrada de até 400 caminhões diários na região a partir da implementação do cessar-fogo.
O impacto do conflito e os próximos passos
Mais de 67 mil palestinos foram mortos desde o começo da guerra, segundo dados do Ministério da Saúde de Gaza. O conflito foi desencadeado após um ataque terrorista do Hamas a Israel, que resultou na morte de cerca de 1.200 pessoas e na captura de 250 reféns, de acordo com fontes israelenses.
O Ministério de Gaza informa que sua contagem de vítimas inclui tanto civis quanto combatentes, mas esses números não podem ser verificados por fontes independentes. O exército israelense afirma que a maioria das vítimas civis representa 83% das mortes palestinas.
Reações internacionais e desafios futuros
O mediador do acordo agradeceu o envolvimento de Qatar, Egito e Turquia, considerados atores essenciais no diálogo. Os países da região celebraram a possibilidade de uma solução pacífica, embora muitos destacaram a necessidade de garantir a durabilidade do tratado e o retorno à estabilidade na zona.
Analistas alertam que a implementação da primeira fase é apenas o começo de um processo complexo, que exigirá vigilância internacional constante para garantir o cumprimento de todas as partes envolvidas.
O setor humanitário espera que a entrada de ajuda e o retorno à normalidade possam aliviar o sofrimento de dezenas de milhares de civis afetados pelo conflito.