Brasil, 9 de outubro de 2025
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Nova Lima lidera renda per capita entre os municípios brasileiros

Dados do Censo 2022 apontam Nova Lima como a cidade de maior renda, enquanto Uiramutã registra a menor no país

A cidade de Nova Lima, na região metropolitana de Belo Horizonte, é a município com a maior renda per capita do Brasil, segundo dados do Censo 2022 divulgado nesta quinta-feira pelo IBGE. Em contrapartida, Uiramutã, no Norte, é a cidade de menor renda, sendo também a mais indígena do país, com 96,6% da população pertencente a povos tradicionais.

Desigualdade persistente entre regiões do Brasil

O levantamento detalha as diferenças estruturais no perfil econômico dos municípios brasileiros, mesmo com melhorias gerais na economia do país após a pandemia de Covid-19. Nova Lima apresenta rendimento domiciliar per capita 15 vezes maior do que Uiramutã, refletindo disparidades históricas entre o Sudeste e o Norte do Brasil.

Renda e emprego no cenário nacional

De acordo com o IBGE, o rendimento médio do trabalho corresponde a cerca de 75,5% do total de ganhos das famílias brasileiras, com variações significativas entre municípios. Enquanto em Nova Lima 84,5% dos ganhos vêm do trabalho, em Uiramutã essa participação é de 51,9%. Além disso, em 520 cidades, o rendimento do trabalho é inferior a um salário mínimo, mostrando ainda a desigualdade no mercado de trabalho.

Impactos regionais na economia e no mercado de trabalho

Especialistas destacam que a configuração do mercado reflete as diferenças econômicas entre regiões. Bruno Imaizumi, economista da consultoria 4intelligence, afirma que as disparidades no mercado de trabalho são consequência de desigualdades mais amplas no desenvolvimento regional.

Entre os locais com maior avanço, estão cidades do Centro-Oeste, como Senador Canedo, em Goiás, que teve aumento de 84,3% na população desde 2010, impulsionado, sobretudo, pelo setor do agronegócio. Por outro lado, áreas mais vulneráveis, principalmente no Nordeste, exibem participação menor da renda proveniente do trabalho na soma dos ganhos familiares.

Transformações demográficas e socioeconômicas

O Censo 2022 também revela que a expansão populacional brasileira desacelerou, crescendo a uma taxa média de 0,52% ao ano desde o último levantamento, o menor ritmo da história. A idade média da população aumenta, e a proporção de idosos cresce, enquanto algumas cidades grandes, como São Gonçalo, no Rio de Janeiro, registraram forte recuo populacional.

Apesar de avanços econômicos em algumas regiões, as desigualdades permanecem evidentes, reforçadas por fatores como deslocamentos maiores para o trabalho e diferenças na composição social das cidades.

Para conferir os principais resultados do Censo 2022 e entender melhor as disparidades regionais, acesse a matéria completa.

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