Brasil, 9 de outubro de 2025
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Mulheres ainda ganham quase 20% a menos que homens no Brasil, aponta Censo 2022

Dados do IBGE revelam disparidade salarial entre gêneros, mesmo com maior escolaridade das mulheres no país

Dados preliminares do Censo 2022, divulgados nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que as mulheres brasileiras continuam ganhando quase 20% a menos do que os homens, apesar de apresentarem níveis mais elevados de escolaridade. O rendimento médio mensal de mulheres é de R$ 2.506, enquanto o de homens é de R$ 3.115.

Disparidade salarial e escolaridade

O estudo aponta que a desigualdade salarial se mantém em todos os níveis de instrução, atingindo o seu ápice entre os trabalhadores com ensino superior completo. Nesse grupo, homens têm rendimento médio de R$ 7.347, contra R$ 4.591 das mulheres, uma diferença de 37,5%.

Mesmo com maior escolaridade, as mulheres enfrentam dificuldades salariais. Enquanto 28,9% delas possuíam Ensino Superior completo, apenas 17,3% dos homens tinham o mesmo nível de formação. Por outro lado, entre os trabalhadores sem ensino médio completo, a discrepância é ainda maior: 43,8% dos homens e 29,7% das mulheres.

Desigualdade na distribuição de renda

O Índice de Gini do Brasil em 2022 foi de 0,542, indicando uma alta concentração de renda. A região Norte apresentou o maior índice (0,545), seguida pelo Nordeste (0,541), regiões que ainda possuem os menores rendimentos médios per capita. Já Sul tem o menor índice (0,476), sugerindo maior equilíbrio na distribuição de renda.

Taxa de ocupação e desigualdade regional

A taxa de ocupação no país atingiu 53,5% em 2022, uma ligeira queda em relação a 2010, quando era de 55,5%. Entre regiões, a Sul (60,3%), Centro-Oeste (59,7%) e Sudeste (56%) apresentaram os índices mais elevados, enquanto Nordeste (45,6%) e Norte (48,4%) ficaram com os menores percentuais.

Na divisão por unidades federativas, Santa Catarina (63,5%), o Distrito Federal (60,4%), Mato Grosso e Paraná (60,3%) exibiram os níveis mais altos de ocupação, superiores a 60%. Por sua vez, Piauí, Paraíba e Maranhão tiveram os menores índices, com menos de 44%.

Segundo o IBGE, esses dados refletem um cenário de desigualdade que persiste apesar do avanço na escolaridade feminina, reforçando a necessidade de ações para equalizar oportunidades e remunerações no mercado de trabalho brasileiro.

Para mais detalhes, acesse a fonte oficial.

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