Brasil, 10 de outubro de 2025
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MPGO processa empresa de Virginia Fonseca por práticas abusivas

O Ministério Público de Goiás pede ação contra Wepink Cosméticos devido a mais de 90 mil reclamações de consumidores em 2024.

O Ministério Público de Goiás (MPGO) protocolou um pedido na Justiça visando responsabilizar a empresa da influenciadora Virginia Fonseca, a Wepink Cosméticos, por práticas abusivas contra consumidores. A iniciativa surge em resposta a uma série de queixas acumuladas pelo negócio, que se destaca pela comercialização de cosméticos via transmissões ao vivo nas mídias sociais.

A acumulação de reclamações

Somente em 2024, a Wepink Cosméticos registrou mais de 90 mil reclamações no site Reclame Aqui e 340 denúncias formais no Procon Goiás, entre 2024 e 2025. Esse cenário levantou preocupações entre os promotores, que enfatizam a gravidade da situação para os consumidores afetados.

Crescimento sem estoque: uma estratégia arriscada

A peça judicial citada pelo MPGO menciona que, em uma das transmissões ao vivo, os sócios da empresa admitiram ter vendido produtos enquanto não dispunham de estoques suficientes. Esse fato foi revelado por Thiago Stabile, um dos sócios, que afirmou: “A gente tinha 200 mil faturamentos por mês. A gente saltou de 200 mil faturamentos por mês para 400 mil faturamentos por mês”. O MPGO está utilizando esse tipo de declaração como evidência das práticas abusivas.

Implicações de uma publicidade enganosa

De acordo com o promotor Élvio Vicente da Silva, responsável pela 70ª Promotoria de Justiça, Stabile também reconheceu que a empresa enfrentou dificuldades de abastecimento devido ao aumento nas vendas, levando a atrasos nas entregas. “Algumas vezes, sim, [demora], porque algumas matérias-primas acabam, porque a gente vende muito”, declarou. Essa admissão indica que a Wepink continuou a comercializar produtos mesmo ciente de que não conseguiria honrar os prazos de entrega prometidos, o que caracteriza uma prática de publicidade enganosa e má-fé contratual.

Queixas dos consumidores

Além das alegações de falta de entrega de produtos, o MPGO também destacou outros problemas, como o descumprimento dos prazos de entrega anunciados, dificuldades para reembolso, atendimento deficiente, exclusão de críticas nas redes sociais e envio de produtos com defeito. Essas questões evidenciam a insatisfação dos clientes e a necessidade de uma regulamentação mais rígida no setor de vendas online.

Resposta da Wepink e Virginia Fonseca

Até o momento, a Metrópoles tenta estabelecer contato com a influenciadora e a Wepink Cosméticos para uma posição oficial sobre as alegações e a ação do Ministério Público. O espaço permanece aberto para que a empresa e Virginia Fonseca se manifestem a respeito da situação, essencial para esclarecer a posição delas diante das acusações.

A situação evidencia a importância da transparência e do respeito às normas de defesa do consumidor no e-commerce, especialmente em um momento em que as compras online crescem exponencialmente na sociedade brasileira. As práticas de comércio desenfreado e a falta de responsabilidade corporativa podem ter consequências sérias, não apenas para as empresas, mas também para a confiança do consumidor no mercado.

Com as alegações em curso, a expectativa é de que o Tribunal de Justiça tome as devidas providências para garantir os direitos dos consumidores e apurar a situação da Wepink Cosméticos. Regularizar as práticas comerciais é fundamental para um ambiente de consumo mais saudável e justo.

O desenrolar desse caso pode influenciar não apenas a reputação de Virginia Fonseca e de sua empresa, mas também trazer à tona questões mais amplas sobre a responsabilidade das influenciadoras digitais no Brasil. Os consumidores devem sempre ficar atentos e exigir seus direitos, especialmente em um mercado tão dinâmico e em constante evolução.

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