Brasil, 9 de outubro de 2025
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Ministro do turismo se afasta do União Brasil após punições

Celso Sabino fala sobre sua decisão de permanecer no governo Lula após ser suspenso pelo União Brasil.

Na noite desta quarta-feira, o ministro do Turismo, Celso Sabino (União-PA), declarou que sua permanência no União Brasil tornou-se “insustentável”. A decisão foi motivada pela orientação do partido para que ele deixasse o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em consequência de sua recusa em seguir essa instrução, Sabino foi suspenso das atividades partidárias por 60 dias e afastado da presidência do diretório do Pará, além de ter seu processo de expulsão iniciado.

A tensão entre Sabino e os líderes do União Brasil

Após a reunião que resultou nas punições, o ministro não hesitou em trocar farpas com o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União), que é um dos principais articuladores de sua saída. Durante a troca de palavras, Sabino ironizou: “quando ele atingir 1,5% nas pesquisas (para as eleições de 2026), eu respondo ele”. Esse comentário, uma referência ao cenário político, revela o descontentamento de Sabino com a situação atual dentro do partido.

Sabino comentou sobre sua relação com o partido ao afirmar: “A gente tem uma grande liderança no estado (Pará) por esse partido e ao nível nacional também nós temos muitos amigos, mas eu acredito que ficou realmente insustentável a minha permanência nesse partido”. Em entrevista à CNN Brasil, ele expressou sua discordância com as decisões tomadas pelo União Brasil, considerando-as uma “violação muito grande”. Ele afirmou que se defenderá “de peito aberto” e “cabeça erguida”.

Os desafios enfrentados por Sabino no União Brasil

O ministro argumentou que não fez nada para merecer a expulsão, afirmando: “Eu não devo nada, eu não fiz nada para merecer essa expulsão. Mas eu acredito que essa minha passagem política pelo Partido União Brasil já deu o que tinha que dar”. Essa fala reflete a frustração de Sabino em relação às diretrizes e à posição do União Brasil em relação ao governo Lula.

Os enfrentamentos entre Sabino e Caiado se intensificaram, especialmente após a reunião Executiva Nacional do partido, onde foram discutidas as punições e a política partidária. O governador de Goiás declarou que a permanência de Sabino no governo Lula enquanto é membro do União Brasil seria “de uma imoralidade ímpar”, além de não ser admissível que alguém sirva a “dois senhores”.

A saída do União Brasil e o futuro político de Sabino

Além das tensões internas, o União Brasil formalizou sua federação com o Progressistas (PP) no início de setembro, rompendo oficialmente com o governo Lula. Nessa nova dinâmica, o partido exigiu que seus ministros deixassem os cargos no governo em um prazo de 30 dias. Sabino chegou a comunicar ao presidente Lula sua intenção de se demitir, mas acabou decidindo ficar no cargo. Para se manter, o ministro tentou articular uma lista de assinaturas que demonstrava o apoio da maioria dos deputados do partido a sua permanência no ministério, que é considerado estratégico para muitos parlamentares.

Sabino também se manifestou contra a decisão do União Brasil, chamando-a de “açodada e equivocada”. Ao afirmar seu compromisso com Lula, ele ressaltou que o presidente é “o melhor projeto para o Brasil” e que sua continuidade no governo se dá pelo interesse no turismo e no desenvolvimento do estado do Pará, especialmente com a vinda da COP30.

O caminho a seguir para Sabino e o União Brasil

Com a instabilidade política dentro do União Brasil, a situação de Celso Sabino destaca os desafios enfrentados por líderes que buscam equilibrar alianças políticas e suas responsabilidades no governo. A decisão do ministro de permanecer no governo Lula, apesar das pressões do partido, pode influenciar não só sua trajetória política, mas também a relação futura entre os membros da sigla e o governo federal.

Concluindo, Celso Sabino está em uma posição delicada, confrontando tanto as expectativas do União Brasil quanto as exigências do governo Lula. A sua decisão de ficar poderá ter repercussões significativas para sua carreira e para a dinâmica interna do partido em um cenário político que continua a se moldar em face das próximas eleições.

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