Desde o anúncio de Bad Bunny como atração do intervalo do Super Bowl LX, a reação de figuras conservadoras, como o presidente da Câmara dos EUA, Mike Johnson, tem gerado grande repercussão nas redes sociais. Sua afirmação de que desconhecia o artista e que a escolha foi uma decisão “terrível” reacendeu debates sobre cultura e diversidade no país.
Johnson critica escolha de Bad Bunny para o Super Bowl
Ao ser questionado sobre a decisão da NFL de convidar o artista porto-riquenho para o show, Johnson afirmou que não conhecia Bad Bunny, acrescentando que “parece uma decisão terrível”. Ele justificou sua opinião dizendo que o artista não atrairia um público mais amplo, apontando para sua preocupação com “jovens impressionáveis”.
Sobre o conteúdo do artista, Johnson comentou: “Acredito que, com tantos olhos assistindo, seria mais apropriado contar com ícones tradicionais como Lee Greenwood, que recentemente participou de um evento memorial de Charlie Kirk”.
Reações nas redes sociais reforçam divisões culturais
A declaração de Johnson foi rapidamente criticada por internautas, que consideraram sua postura desatualizada e desconectada da real diversidade dos Estados Unidos. Um usuário afirmou que a escolha de Bad Bunny foi “uma decisão triste e patética”, enquanto outro criticou a postura do político, apontando sua falta de transparência sobre temas mais sensíveis, como os arquivos do caso Epstein.
Além disso, uma análise recente mostrou que Bad Bunny possui uma ampla base de fãs nos EUA, especialmente entre os jovens, contrariando a visão de Johnson. Seus dados do Spotify indicam uma forte presença do artista em diferentes segmentos demográficos.
Contexto cultural e político na controvérsia
Recentemente, Bad Bunny também falou sobre a rejeição por parte de setores conservadores, durante sua participação no Saturday Night Live, onde falou em espanhol e fez uma crítica velada a discursos mais xenofóbicos. Sua presença no Super Bowl não apenas celebra sua ascensão, mas também intensifica as disputas culturais existentes no país.
Enquanto isso, jornalistas e analistas avaliam que a postura de Johnson reflete uma tentativa de apelar para um eleitorado mais tradicional, mesmo que isso signifique alienar parte significativa da população mais jovem e diversificada do país.
Repercussão e próximos passos
O episódio evidencia a polarização que marca o cenário nacional, colocando em xeque valores de inclusão e representatividade. A discussão sobre quem deve ocupar espaços de destaque na mídia e na cultura americana continua a dividir opiniões entre os defensores de uma América mais plural e os que preferem manter uma visão mais conservadora.
Para saber mais, leia também a análise completa sobre o impacto cultural do Super Bowl neste artigo do BuzzFeed.