Brasil, 9 de outubro de 2025
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Júri do caso Cláudia Lobo começa nesta quinta-feira em Bauru

O julgamento de Roberto Francheschetti Filho e Dilomar Batista marca um capítulo importante no caso do desaparecimento e assassinato de Cláudia Lobo.

O júri popular dos principais suspeitos no caso do desaparecimento e assassinato da ex-secretária da Apae de Bauru, Cláudia Lobo, começa nesta quinta-feira, 9 de outubro. Os réus, Roberto Francheschetti Filho, ex-presidente da instituição, e seu auxiliar, Dilomar Batista, serão julgados em um processo que promete trazer novos desdobramentos e reflexões sobre a segurança e a gestão de entidades assistenciais. O ataque a Cláudia Lobo, visto como uma tragédia, não envolve apenas questões pessoais, mas também possíveis fraudes financeiras que circulam no ambiente da Apae.

Julgamento e depoimentos

O julgamento está agendado para começar às 9h da manhã, com o sorteio dos sete jurados que irão compor o conselho de sentença. Em sequência, ocorrerão os depoimentos das testemunhas de acusação e defesa, além dos interrogatórios dos réus. O Ministério Público indicou cinco testemunhas para apoiar a acusação, enquanto a defesa de Francheschetti contará com cinco testemunhas, e Dilomar Batista com duas.

Recentemente transferido do CDP de Guarulhos para Bauru, Roberto Francheschetti enfrentará acusações graves que incluem homicídio e ocultação de cadáver. Ele foi preso em 15 de agosto de 2024, após Cláudia ter sido vista pela última vez no dia 8 do mesmo mês. No momento em que desapareceu, Cláudia saiu do local de trabalho sem seus pertences pessoais, afirmando que iria “resolver algumas coisas do trabalho”. Seu carro foi encontrado ao dia seguinte, abandonado em uma rua, com vestígios de sangue, indicando um crime brutal.

As provas contra os acusados

Segundo informações da Polícia Civil, câmeras de segurança filmaram um momento crucial do caso, onde Cláudia e Roberto trocaram de lugares dentro do veículo da Apae. Foi nesse momento que, segundo a investigação, Roberto teria disparado contra Cláudia, o que levou ao seu desaparecimento e morte. Em contraste, Dilomar Batista, acusado de fraude processual, não está em posição de prisão preventiva e responde ao processo em liberdade.

Os desdobramentos do caso revelam não apenas um crime hediondo, mas também possíveis ligações com um esquema de desvio de verbas na Apae, que muitos acreditam ter motivado o assassinato de Cláudia. A situação deixa em evidência a vulnerabilidade de instituições sociais diante de fraudes e crimes cometidos por seus próprios dirigentes.

Investigações em andamento

A Polícia Civil está investigando a fundo um esquema que pode envolver desvios de milhões de reais na Apae, com o envolvimento de parentes de Cláudia. O Grupo de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) também está atuando no caso, buscando ressarcir valores estimados em R$ 10 milhões, que foram desviados da instituição. Até o momento, nove pessoas foram presas sob suspeita de envolvimento no esquema de desvio, mas Roberto Francheschetti é o único que responderá pelas acusações de assassinato, enquanto os demais suspectos continuam investigados em liberdade.

Os desdobramentos desse caso têm capturado a atenção da comunidade e gerado discussões sobre a transparência e a ética na gestão de instituições assistenciais. A sociedade aguarda ansiosamente pelos desfechos desse julgamento, que não apenas trará justiça para o crime cometido contra Cláudia Lobo, mas também destacará a necessidade de vigilância sobre instituições que operam em prol do bem-estar social.

Acompanhe as atualizações sobre este caso e outros assuntos da região no portal g1 Bauru e Marília.

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