Brasil, 9 de outubro de 2025
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Feminicídio em Goiás: mulher expressa medo antes de ser assassinada

Jeanny Leonal Ribeiro da Silva enviou áudio revelador a amiga no dia de sua morte pelo companheiro em Formosa.

Goiânia – O crime brutal que chocou a zona rural de Formosa, no Entorno do Distrito Federal, traz à tona a dor e o medo que muitas mulheres enfrentam em relacionamentos abusivos. Jeanny Leonal Ribeiro da Silva, de 30 anos, enviou um áudio a uma amiga no dia de seu assassinato, alertando sobre seu medo do companheiro. Ela foi morta com golpes de ferro, e a gravação revela uma mulher buscando apoio em meio ao desespero.

Áudio revela o desespero de Jeanny

No áudio enviado no mesmo dia em que foi assassinada, Jeanny menciona o temor que sentia em relação a Kleber Nascimento de Melo, seu marido. A mulher dizia a uma amiga: “É uma situação bem delicada. Inclusive, eu já sei de coisas que a pessoa já fez no passado, sei do que é capaz e foi o que eu falei: ‘Não quero ser mais uma vítima’”. Essas palavras Ecoam como um grito de alerta, que infelizmente não foi suficiente para salvá-la.

O crime e a prisão do suspeito

Jeanny foi encontrada deitada sobre a cama com ferimentos na cabeça causados pela barra de ferro — um crime de feminicídio que levantou preocupações sobre a segurança das mulheres em situações semelhantes. Relatos de testemunhas indicam que Kleber, após o homicídio, fingiu chorar e confessou o crime no local. Ele reportedly ligou para um vizinho para relatar o ocorrido e justificou seu ato a ciúmes.

A informação de que Jeanny poderia estar grávida também levantou questões sobre as circunstâncias de sua morte, cuja confirmação está sob investigação pericial.

Um passado sombrio

O perfil de Kleber Nascimento de Melo é alarmante; ele já respondia a um processo por outro feminicídio ocorrido em 2020, quando Polianna da Silva Laureano foi assassinada a tiros após uma discussão. A relação entre os dois casos destaca um padrão de violência que muitas vezes passa despercebido até que seja tarde demais.

O historiador tende a se repetir, mas a sociedade cada vez mais exige punições severas e políticas públicas eficazes para proteger as mulheres e responsabilizar os agressores. Kleber será julgado pelo assassinato de Polianna no dia 6 de novembro, na Comarca de Leopoldo de Bulhões, e a expectativa é que o sistema judicial trate com rigor ambos os casos.

A luta contra a violência de gênero

Assassinatos como o de Jeanny Leonal Ribeiro da Silva expõem a urgência da discussão em torno da violência de gênero no Brasil. A disseminação de informações sobre os sinais de relacionamentos abusivos e a educação sobre a cultura do consentimento são fundamentais para ajudar a prevenir futuras tragédias. Organizações de defesa dos direitos da mulher têm se mobilizado em diversas frentes, desde campanhas de conscientização até a criação de centros de acolhimento.

As palavras de Jeanny ecoam em muitas mulheres que vivem em situação de violência: a busca por ajuda, o reconhecimento do temor e o desejo de não ser mais uma vítima. A sociedade precisa surgir como parceira na prevenção da violência, para que menos mulheres chorem a perda de suas vidas nas mãos de agressores.

Infelizmente, a história de Jeanny não é única, mas é uma chamada à ação. A mudança é necessária, e o empoderamento das mulheres deve ser uma prioridade. É preciso que a luta contra a violência de gênero se intensifique, através do apoio mútuo, políticas eficazes e educação. Ninguém deve viver com medo em sua própria casa.

A situação de Jeanny e de tantas outras mulheres não pode ser ignorada. A consciência da sociedade é essencial para a construção de um futuro onde o respeito e a dignidade sejam a norma, não a exceção.

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