Brasil, 10 de outubro de 2025
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Desigualdade de renda aumenta entre indígenas e regiões do Brasil, aponta Censo 2022

Dados do IBGE revelam que 41% dos indígenas vivem com menos de 1/4 de salário mínimo per capita, refletindo desigualdade social no país

O Censo 2022, divulgado nesta quinta-feira (9) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), revela que cerca de 41% da população indígena vive com menos de um quarto do salário mínimo per capita por mês. Essa proporção é significativamente maior que a registrada na população brasileira em geral, que foi de 13,3% no mesmo ano.

Concentração de renda entre regiões e grupos populacionais

A pesquisa apontou que a renda média domiciliar per capita do Brasil foi de R$ 1.638 em 2022. Entretanto, há disparidades regionais consideráveis: nas regiões Norte e Nordeste, os valores caem para cerca de R$ 1.070, enquanto no Sudeste e no Centro-Oeste ficam em torno de R$ 1.900. A maior média foi registrada no Sul, com R$ 2.058.

O estudo também destacou que 61% da população brasileira tinha renda domiciliar de até um salário mínimo, com diferenças regionais relevantes. Somente o Sul apresentou maioria de habitantes com renda superior a esse valor, enquanto no Norte e Nordeste essa proporção ultrapassou 76% e 79%, respectivamente.

Diferenças por unidade federativa

Entre os estados, o Distrito Federal apresentou o maior rendimento per capita, com R$ 2.999, enquanto o Maranhão teve a menor média, com R$ 900. Além disso, cinco municípios do Nordeste estão na lista dos dez com menor renda domiciliar: Uiramutã (RR), Bagre (PA), Manari (PE), Belágua (MA) e Cachoeira Grande (MA).

  • Uiramutã (RR) – R$ 289
  • Bagre (PA) – R$ 359
  • Manari (PE) – R$ 359
  • Belágua (MA) – R$ 388
  • Cachoeira Grande (MA) – R$ 389
  • São Paulo de Olivença (AM) – R$ 397
  • Primeira Cruz (MA) – R$ 414
  • Humberto de Campos (MA) – R$ 416
  • Marajá do Sena (MA) – R$ 426
  • Tonantins (AM) – R$ 432

Regiões com maior renda

Por outro lado, as cidades com as maiores médias per capita estão em Minas Gerais, São Paulo, Santa Catarina e Rio de Janeiro. Entre elas, destaque para Nova Lima (R$ 4.300) e São Caetano do Sul (R$ 3.885).

  • Nova Lima (MG) – R$ 4.300
  • São Caetano do Sul (SP) – R$ 3.885
  • Florianópolis (SC) – R$ 3.636
  • Balneário Camboriú (SC) – R$ 3.584
  • Niterói (RJ) – R$ 3.577

Desigualdade de renda e indicadores sociais

O coeficiente de Gini, que mede a desigualdade de renda, ficou em 0,542 em 2022, indicando alta desigualdade no país. Apenas a região Sul apresentou um índice abaixo de 0,5, mostrando maior igualdade na distribuição de renda. Segundo o IBGE, quanto mais próximo de 0, menor a desigualdade.

A disparidade entre regiões e grupos populacionais evidencia o desafio de promover uma distribuição de renda mais justa no Brasil. Dados apontam que a situação dos indígenas, especialmente na região Norte, é marcada por vulnerabilidade social, como revela o alto percentual de renda extremamente baixa.

Para mais detalhes, acesse a fonte do IBGE.

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