Brasil, 9 de outubro de 2025
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CPMI do INSS rejeita quebra de sigilo de ex-chefe de gabinete

Comissão Parlamentar Mista de Inquérito vota contra investigação de Paulo Boudens, ex-assessor de Davi Alcolumbre, no caso das fraudes do INSS.

A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que analisa as fraudes do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) rejeitou, na última quinta-feira, 9 de outubro, um pedido que visava à quebra dos sigilos fiscal e telemático de Paulo Boudens, ex-chefe de gabinete do presidente do Senado, Davi Alcolumbre (União Brasil-AP). Essa decisão marca um capítulo importante nas investigações que envolvem alegações graves de irregularidades no sistema previdenciário brasileiro.

A votação e o papel do governo

A rejeição ao pedido foi articulada pelo governo, com destaque para o deputado Paulo Pimenta (PT-RS), que atuou como figura central na manobra. O requerimento foi derrubado com uma votação expressiva, somando 17 votos a favor da rejeição contra 13 votos contrários. Este resultado é visto como uma vitória para os aliados do governo e, ao mesmo tempo, gera novas controvérsias sobre o que está sendo feito na investigação das fraudes.

Pimenta expressou ironia a respeito do requerimento apresentado pelo senador Carlos Jordy (PL-RJ). “Querem trazer um debate com o presidente dessa Casa que não é o objetivo dessa investigação. Resolvam isso no plenário. Daqui a pouco, vão trazer um requerimento para saber quem matou a Odete Roitman”, disse ele, fazendo alusão a questões que não têm relação direta com o foco da CPMI.

Contexto das investigações

O advogado Paulo Boudens foi mencionado em meio a um esquema de corrupção que envolveu um repasse de R$ 3 milhões de uma das empresas investigadas, a Arpar Participações. Esta empresa é alvo das investigações realizadas pela Polícia Federal (PF) e está ligada à “Operação Sem Desconto”, uma investigação que atinge a infraestrutura do INSS.

A Arpar Participações, segundo alegações, foi utilizada como uma “conta de passagem” pelo lobista Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como “Careca do INSS”. Durante seu depoimento à CPMI, Antunes defendeu seus investimentos na empresa, afirmando que “é uma empresa de tecnologia onde realmente estou investindo, porque sou um empresário que atua em várias frentes, não só a médio ou curto prazo”. Essas declarações levantam ainda mais questões sobre a conexão entre a política e os negócios na gestão do INSS.

A defesa de Boudens

Boudens, que já havia sido acusado em 2021 de participar de um esquema de rachadinha no gabinete de Alcolumbre, negou as acusações feitas por ex-servidores à revista Veja, defendendo que as alegações são infundadas. A recaída nas fraudes do INSS traz à tona discussões sobre a ética e a transparência nas práticas políticas atuais e coloca sob os holofotes a necessidade de um fortalecimento das instituições que fiscalizam o uso dos recursos públicos.

Impactos na opinião pública

A decisão da CPMI de não avançar na quebra de sigilos gerou reações diversas entre a população. Para muitos, o resultado evidencia a dificuldade em se aprofundar nas investigações que atingem figuras proeminentes da política e amplia o descontentamento em relação à corrupção sistêmica no Brasil. O fato de personalidades ligadas ao alto escalão estarem envolvidas em fraudes e utilizar burlar o sistema de seguridade social é um tema sensível e que requer um olhar atento da sociedade civil.

À medida que a CPMI continua a trabalhar, a expectativa é que novos desdobramentos surjam, trazendo à tona mais informações sobre as fraudes que têm abalado a confiança da população nas instituições. O caso de Paulo Boudens pode ser apenas a ponta de um iceberg que ainda precisa ser explorado em detalhes.

Portanto, enquanto o debate sobre a ética no serviço público se intensifica, a necessidade de reformas e de um sistema que promova a justiça e a transparência torna-se cada vez mais urgente.

Para mais detalhes, acesse a [source link](https://www.metropoles.com/brasil/cpmi-derruba-quebra-de-sigilo-de-ex-chefe-de-gabinete-de-alcolumbre).

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