A Copa do Mundo de 2035 pode sinalizar uma nova era para o calendário do futebol mundial. O presidente da Fifa, Gianni Infantino, anunciou que o torneio, que será realizado na Arábia Saudita, deverá ocorrer em janeiro, evitando a intensa onda de calor do verão árabe e o mês sagrado do Ramadã, que acontecerá entre novembro e dezembro de 2034. Essa mudança tem como objetivo proporcionar melhores condições para jogadores e torcedores.
Desafios e adaptação ao novo formato
A decisão de antecipar a Copa do Mundo reflete uma tendência iniciada pelo Mundial realizado no Catar em 2022. Este torneio foi o primeiro a ocorrer fora do tradicional período de verão do hemisfério norte e, embora tenha sido alvo de críticas de ligas europeias, foi considerado um sucesso pela Fifa. A mudança permitiu que os jogadores competissem em condições mais favoráveis, resultando em partidas de alto nível técnico.
Infantino defendeu que o futebol moderno precisa se adaptar às diferentes condições climáticas e culturais dos países anfitriões. Em suas palavras, “se quisermos jogar ao mesmo tempo em todos os lugares, só seria possível em março ou outubro. Em dezembro, não se joga em uma parte do mundo; em julho, numa outra”. Essa perspectiva visa democratizar o acesso ao futebol, permitindo que todas as regiões possam participar de um torneio global sem os impeditivos que as condições climáticas podem gerar.
A reflexão sobre o calendário global do futebol
Além da mudança de data para a Copa do Mundo de 2035, Infantino também sublinhou a importância de uma análise mais abrangente sobre o calendário do futebol global, que já está estabelecido até 2030. Ele mencionou que a Fifa tem conversado com confederações e clubes sobre a necessidade de otimizar os períodos das competições à medida que a demanda por torneios internacionais aumenta. Essas discussões são essenciais, dado o cenário competitivo atual, que exige um equilíbrio entre compromissos comerciais e competições oficiais.
Embora a data exata ainda não tenha sido confirmada, a realização do evento em janeiro de 2035 é vista como a alternativa mais viável para evitar os rigores do calor e possíveis conflitos com outras competições internacionais. No entanto, essa mudança provocará novamente um debate sobre o impacto nas ligas europeias, que precisarão pausar suas temporadas, como aconteceu durante a Copa do Catar em 2022.
Um novo rumo para o futebol global
No contexto das mudanças no calendário, a Fifa planeja tirar proveito do sucesso do novo Mundial de Clubes realizado nos Estados Unidos e a crescente popularidade dos torneios internacionais. A visão de Infantino é que o futebol se torne “verdadeiramente global também no calendário”, promovendo um ambiente de jogo onde todas as regiões têm a oportunidade de brilhar.
Concluindo suas declarações, Infantino insinuou que “talvez precisemos repensar os melhores meses para jogar futebol” e enfatizou a necessidade de manter a mente aberta para futuras adaptações. Isso pode significar não apenas uma mudança na época do ano em que as competições acontecem, mas também uma reflexão mais ampla sobre como o futebol pode se envolver com os desafios contemporâneos de clima, logística e demanda por espetáculos de qualidade. Esta é uma época emocionante para o futebol global, onde novas ideias podem resultar em experiências inesquecíveis para os torcedores ao redor do mundo.
À medida que a Fifa se prepara para essa nova fase, o futuro do futebol mundial parece mais promissor e adaptável do que nunca, movimento que poderá moldar não apenas o calendário, mas toda a essência do esporte nos próximos anos.
