Brasil, 9 de outubro de 2025
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Censo 2022 revela desigualdades de renda no Brasil

Dados do IBGE apontam que regiões Norte e Nordeste têm rendimentos abaixo da média nacional, enquanto Centro-Oeste lidera

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta quinta-feira (9) os dados preliminares do Censo 2022, mostrando que o rendimento médio mensal dos trabalhadores no Brasil varia significativamente entre regiões e grupos populacionais. As regiões Norte (R$ 2.238) e Nordeste (R$ 2.015) permanecem abaixo da média nacional de R$ 2.851.

Regionalização e desigualdades de rendimento

Já a região Centro-Oeste destaca-se com o maior rendimento, de R$ 3.292, 16,7% acima da média. Os estados do Distrito Federal (R$ 4.715), São Paulo (R$ 3.460) e Santa Catarina (R$ 3.391) também apresentam salários superiores à média nacional, evidenciando concentração de atividades econômicas mais bem remuneradas nessas áreas. Por outro lado, Maranhão, Piauí e Bahia concentram as menores médias, reforçando as disparidades regionais.

Distribuição e perfil de rendimentos

O levantamento revela que mais de um terço (35,3%) dos trabalhadores brasileiros recebe até um salário mínimo, que em 2022 correspondia a R$ 1.212. Em contrapartida, apenas 7,6% da população ocupada ganha mais de cinco salários mínimos (R$ 6.060). Os trabalhadores que recebem de um a dois salários representam 32,7% do total, enquanto a parcela que ganha acima de 20 salários mínimos é de apenas 0,7%.

Desigualdades por sexo, raça e etnia

Os dados evidenciam disparidades profundas no mercado de trabalho brasileiro. Homens possuem rendimento médio mensal de R$ 3.115, 24,3% superior ao das mulheres (R$ 2.506). Quanto à cor ou raça, pessoas amarelas (R$ 5.942) e brancas (R$ 3.659) apresentam rendimentos acima da média, enquanto pardos (R$ 2.186), pretos (R$ 2.061) e indígenas (R$ 1.683) ficam abaixo.

Índice de Gini e concentração de renda

O Brasil registrou um Índice de Gini de 0,542 em 2022, indicando alta desigualdade na distribuição de renda. As regiões Norte (0,545) e Nordeste (0,541) apresentaram os maiores índices, enquanto a Sul (0,476) mostrou maior equilíbrio. Os dados reforçam o impacto das disparidades regionais e sociais no país.

Dados de ocupação e desafios futuros

O nível de ocupação no Brasil caiu para 53,5% em 2022, frente a 55,5% em 2010. As regiões Sul (60,3%) e Centro-Oeste (59,7%) lideram, ao passo que o Nordeste (45,6%) e o Norte (48,4%) apresentam os menores índices. Estados como Santa Catarina, Distrito Federal, Mato Grosso e Paraná têm os níveis mais elevados de ocupação, enquanto Piauí, Paraíba e Maranhão registram os menores percentuais.

A continuidade na redução das desigualdades exige ações coordenadas para ampliar oportunidades de renda, especialmente nas regiões mais empobrecidas, e combater as disparidades por gênero e raça, destacam especialistas.

Para conferir os detalhes completos do levantamento, acesse a notícia no G1.

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