Brasil, 9 de outubro de 2025
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Balanço negativo nas exportações brasileiras de móveis para os EUA em 2025

Tarifas americanas impactam as vendas externas de móveis e colchões, que recuaram 14,5% em agosto frente a julho de 2025

As exportações brasileiras de móveis e colchões sofreram uma forte queda em agosto de 2025, influenciadas pelas tarifas impostas pelos Estados Unidos. Segundo dados da Secex/Ministério da Economia, o valor exportado no mês atingiu US$ 60,8 milhões, representando uma redução de 14,5% em relação a julho. O mercado americano, principal destino das vendas, registrou uma queda de 22%, evidenciando o impacto das medidas tarifárias.

Impactos regionais na exportação de móveis

Santa Catarina, maior estado exportador

Santa Catarina, que lidera as exportações de móveis e colchões, teve uma retração de 33,4% de julho para agosto. O estado também mostrou um recuo na participação dos EUA, que passou de 44,3% no início de 2024 para 41,5% até agosto, indicando perda de força nas vendas ao principal parceiro comercial do setor, conforme análise da Associação Brasileira das Indústrias do Mobiliário (Abimóvel).

Rio Grande do Sul e a diversificação de mercados

O Rio Grande do Sul apresentou crescimento de 10,2% nas exportações em relação a julho, impulsionado pela entrada de novos mercados, como o Uruguai, que passou a ser o maior destino regional, com 15,2% de participação. Os Estados Unidos caíram de 15,7% para 12,6%, assumindo a segunda posição no ranking de destinos.

Parceiros em mudança: Paraná e São Paulo

O Paraná teve uma leve retração de 1,0% em agosto, mantendo os EUA como principal destino, com 12,9%. Ao mesmo tempo, aumentou as exportações para a Argentina, que saltaram de 0,7% para 6,4%. São Paulo sofreu uma redução de 8,0% nas vendas externas em julho, enquanto sua participação nos EUA caiu de 52,3% para 42,9%, indicando uma tendência de diversificação de mercados.

Minas Gerais e a transformação de mercado

Minas Gerais registrou uma redução de 14,9% nas exportações em agosto, com participação americana caindo de 19,0% para 11,7%. Por outro lado, a Argentina emergiu como o segundo maior mercado, passando de 1,8% para 11,5%, enquanto Porto Rico cresceu de 6,5% para 9,3%, evidenciando mudanças na geografia das vendas.

Segunda fase: impacto sobre componentes e fornecedores

O segmento de componentes, máquinas e fornecedores para a indústria moveleira também sofreu impacto, com queda de 3,51% nas exportações entre janeiro e agosto de 2025, em comparação ao mesmo período do ano anterior. Os Estados Unidos continuam liderando esse mercado, com 38,1% das vendas externas, seguidos de Argentina (12,8%) e Chile (5,1%).

Os dados reforçam a necessidade de adaptação do setor diante do cenário de tarifação dos EUA, que provoca uma readequação na estratégia de exportações brasileiras. Para mais detalhes, acesse a reportagem da Globo.

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