Brasil, 9 de outubro de 2025
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Arbitragem polêmica e ofensas marcam denúncia no STJD

Denunciados no STJD, árbitros e diretores do São Paulo respondem por erros de arbitragem e ofensas em partida contra o Palmeiras.

O futebol brasileiro vive mais uma polêmica relacionada à arbitragem. No último domingo (5), durante a partida entre São Paulo e Palmeiras, no Morumbi, os árbitros Ramon Abatti Abel e Ilbert Estevam da Silva foram denunciados pela Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD). A denúncia se baseia em supostos erros na condução da partida, indicando uma série de falhas que geraram repercussões nas redes e discussões acaloradas entre torcedores e especialistas do esporte.

Os erros da arbitragem e suas consequências

De acordo com informações do jornal O Dia, a denúncia destaca que Abatti Abel e Estevam da Silva foram enquadrados no artigo 259 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD). Esse artigo prevê a suspensão de 15 a 120 dias, juntamente com uma multa que pode variar de R$ 100 a R$ 1 mil, por “deixar de observar as regras da modalidade”. A Procuradoria alegou que a partida apresentou uma série de violações às regras e ao Protocolo do VAR, fazendo uma análise crítica dos lances controversos que marcaram o jogo.

Dentre os erros mencionados estão a não marcação de um pênalti favorável ao São Paulo, a não expulsão do jogador Andreas Pereira por uma falta grave, a omissão do árbitro de vídeo em sugerir revisões e a não expulsão de Gustavo Gomez, responsável por uma agressão a um atleta adversário.

“Não se trata de meros equívocos”, diz a denúncia, apontando que os erros foram tão notórios que afetaram o pleno desenvolvimento do espetáculo esportivo. A repercussão foi imediata, e a Comissão de Arbitragem da CBF (Confederação Brasileira de Futebol) também reconheceu a gravidade da situação.

Ofensas e homofobia: um clima tenso

A polêmica não se limita apenas à arbitragem. Após o jogo, Carlos Belmonte e Rui Costa, diretores do São Paulo, foram citados na súmula por xingar a equipe de arbitragem. Os dois são alvo de denúncias por conduta socialmente reprovável, conforme o artigo 258 do CBJD, que prevê de 15 a 180 dias de suspensão. Frases como “Filma ele, a vergonha dele aí. O VAR não veio” de Belmonte, e “Vai tomar no… uma vergonha” atribuída a Rui Costa, demonstram o clima de tensão que tomou conta do Morumbi naquela tarde.

Além dos diretores, o atacante Vitor Roque, do Palmeiras, também será julgado por um ato de homofobia, após publicar uma mensagem considerada ofensiva em suas redes sociais. Ele foi enquadrado no artigo 243-G do CBJD, que trata de punições para atos discriminatórios, e no artigo 139 do Regulamento Geral de Competições da CBF. As possíveis penas incluem suspensão de cinco a 10 partidas, além de multas que podem chegar a R$ 100 mil.

Impacto na movimentação esportiva

A partida marcada por polêmica de arbitragem não só atraiu as atenções do público, mas também levantou debates sobre a postura dos clubes e a condução das competições. O diretor do Flamengo, José Boto, manifestou suas preocupações sobre as decisões tomadas à luz do confronto e recebeu uma resposta contundente do Palmeiras, que alegou estar sendo alvo de pressão de adversários.

Enquanto isso, o São Paulo continua a pleitear junto à CBF o áudio das conversas entre os árbitros para esclarecer os fatos. O time apresenta uma postura proativa em busca de transparência e justiça após o tumulto que ocorreu.

Com o STJD em ação, todos os envolvidos poderão ser chamados a se defender, e as repercussões dessa disputa deverão continuar a ser discutidas em meios de comunicação e redes sociais no Brasil, onde o futebol ultrapassa as quatro linhas do campo e se torna um reflexo de questões sociais mais amplas.

Ao final, fica a expectativa sobre as punições que serão decididas pelo STJD e como essas decisões poderão impactar não apenas o desempenho dos clubes, mas também a confiança que os torcedores depositam nos árbitros e nas regras que regem o futebol brasileiro.

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