Se você acompanhou a série Monster: The Ed Gein Story na Netflix, sabe que a história do assassino de Wisconsin é ainda mais perturbadora do que a ficção sugere. Aqui estão 19 fatos verdadeiros sobre o criminoso que inspirou ícones do horror, como Norman Bates e Leatherface.
Origens e infância de Ed Gein
Ed Gein nasceu em 1906, na cidade de La Crosse, Wisconsin, filho de George e Augusta Gein. A família possuía uma fazenda de 155 acres em Plainfield, onde ele cresceu até ser preso em 1957. Sua mãe, Augusta, era extremamente religiosa e mantinha seus filhos isolados, incentivando Ed a não fazer amizades, principalmente com mulheres.
Após a morte do pai, por insuficiência cardíaca, em 1940, e o misterioso falecimento do irmão Henry em 1944, Ed assumiu o cuidado exclusivo da mãe, que morreu em 1945. Desde então, ele ficou completamente sozinho na fazenda.
Primeiros sinais de comportamento incomum
Após a morte da mãe, Gein trabalhou como caseiro e ocasionalmente cuidou de crianças na cidade, sem evidências de que tivesse contato com elas em sua residência. Em 1947, uma menina de oito anos, Georgia Weckler, desapareceu na região e nunca foi encontrada. Outros desaparecimentos, como os de Evelyn Grace Hartley e dois homens, Victor Travis e Ray Burgess, também são ligados às suspeitas sobre Gein, embora nunca tenham sido oficialmente comprovados.
A obsessão pela anatomia e livros proibidos
Depois da morte da mãe, Gein passou a ler livros sobre anatomia humana, taxidermia e até temas considerados tabus como canibalismo. Há relatos de que ele tinha fascínio por Ilse Koch, a “Bruxa de Buchenwald”, conhecida por fabricar objetos de pele de prisioneiros. Essa fixação alimentou sua própria busca por anatomia humana.
O crime e a descoberta macabra
Em novembro de 1957, a funcionária da loja de Ferragens de Gein, Bernice Worden, desapareceu. Foi encontrado sangue no estabelecimento e, ao investigar, os policiais descobriram seu corpo e uma cena aterrorizante. Bernice estava pendurada de cabeça para baixo, e seu corpo havia sido eviscerado.
Nas proximidades, a polícia encontrou diversas partes do corpo, incluindo cabeças, pele e restos humanos, além de uma cabeça de uma antiga vítima, Mary Hogan, que tinha o rosto transformado em máscara. Gein confessou ainda ter exumado corpos de várias mulheres e roubado ossos e pele de cemitérios, justificando com o desejo de olhar “para as próprias obras”.
Fatos surpreendentes sobre seus crimes
Apesar do retrato de necrofilia e canibalismo retratado em filmes como Psycho e O Silêncio dos Inocentes, Gein negava tais práticas, alegando que não gostava do cheiro de corpos mortos. Ele admitiu que exumava cadáveres para guardar partes como lembrança, mas não praticava o ato sexual com eles.
Ele também confessou ter roubado ossos de cemitérios, tendo seus cofres vazios ao serem abertos posteriormente.
O julgamento e a saúde mental de Gein
Após sua prisão, Gein declarou-se inocente por motivo de insanidade. Diagnóstico de esquizofrenia foi confirmado, e ele foi internado no hospital psiquiátrico. Em 1968, foi julgado, mas considerado insano e enviado ao Hospital Central de Wisconsin. Posteriormente, foi transferido para o Instituto Mendota, onde permaneceu até sua morte, em 1984, por insuficiência pulmonar relacionada ao câncer de pulmão.
Legado e impacto na cultura popular
Ed Gein morreu na unidade psiquiátrica, mas sua história deixou marcas permanentes na cultura do horror. Seus crimes inspiraram filmes clássicos como Psicose, Massacre da Serra Eléctrica e O Silêncio dos Inocentes. Seu antigo rancho foi destruído por um incêndio em 1958, e seu carro foi leiloado para um empresário de shows de horrores.
Segredos e curiosidades adicionais
Gein tinha um relacionamento peculiar com seu passado e com a figura materna, vestindo partes de seus objetos feitos de pele. Visitantes ainda procuram seu túmulo, que foi roubado diversas vezes, e hoje seu túmulo permanece sem marca na rua de Plainfield, Wisconsin.
Seu caso delinquencial revelou uma psique profundamente perturbada, marcada por trauma, isolamento e uma obsessão doentia por exibir o corpo humano de formas grotescas.
O impacto duradouro
Desde seu crime, Ed Gein permanece uma das figuras mais assustadoras da história criminal americana. Sua trajetória é um alerta do quanto o isolamento e o abuso durante a infância podem afetar o comportamento humano de maneiras horrendas.
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