A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, anunciou nesta quarta-feira (8) a retomada das unidades de fertilizantes na Bahia e Sergipe, as Fafens, que estavam com operações suspensas desde o encerramento do acordo com a Unigel. As unidades receberão investimentos de R$ 38 milhões cada, com previsão de retorno à produção no início de 2026.
Retomada das unidades e objetivos futuros
Magda destacou que, além das Fafens na Bahia e Sergipe, a unidade Ansa, no Paraná, já voltou a receber investimentos e colaborará para que a Petrobras produza 20% da demanda de fertilizantes nitrogenados no Brasil no próximo ano. Segundo ela, as unidades na Bahia e Sergipe entrarão em manutenção antes de iniciarem a produção de ureia e Arla 32 no início de 2026.
“As unidades da Bahia e Sergipe vão passar por manutenção e, no começo do ano que vem, iniciarão a produção de ureia e Arla 32. Com a Ansa, no Paraná, vamos atender 20% da demanda brasileira de fertilizantes nitrogenados”, afirmou Magda. Ela ressaltou que a estratégia aproveita a infraestrutura instalada, além do uso do gás natural, cada vez mais produzido pela Petrobras, para fortalecer a operação.
Capacidades de produção e impacto no mercado
A capacidade da Fafen na Bahia é de 1.300 toneladas diárias de ureia e também produz cerca de 1.300 toneladas diárias de amônia, atendendo aproximadamente 80% da demanda na região. Já a Fafen de Sergipe tem capacidade de produzir 1.800 toneladas de amônia por dia. A unidade Ansa, no Paraná, possui capacidade de 1.900 toneladas diárias, com produção prevista para começar nos próximos dias. A demanda total de fertilizantes nitrogenados no Brasil é de cerca de 8 milhões de toneladas por dia.
Investimentos e custos operacionais
As unidades na Bahia e Sergipe estão sob contrato de R$ 1 bilhão em operação e manutenção pelo período de cinco anos com a empresa Engeman, sendo R$ 520 milhões destinados à unidade baiana. Essas operações demandarão o consumo diário de 2,5 milhões de metros cúbicos de gás natural fornecido pela Petrobras, um aumento em relação aos 30 milhões de metros cúbicos consumidos anteriormente.
Magda também enfatizou os esforços para reduzir o preço do gás no mercado, o que torna viável a operação das unidades. Atualmente, o gás está entre US$ 6 e US$ 7 por milhão de BTU, valor bem abaixo dos US$ 16 praticados em 2021 ou 2022, graças a contratos de fornecimento mais acessíveis e à ampliação da capacidade de exportação de gás da Petrobras.
Expansão da frota naval e novos negócios
A presidente da Petrobras antecipou que a companhia lançará entre outubro e novembro quatro novas embarcações de apoio, elevando para 44 unidades contratadas ou em andamento. Além disso, foi anunciado um novo programa do Plano de Negócios (PNG) para 2026 a 2030, que incluirá a contratação de 20 barcaças e 20 empurradores, visando aprimorar a eficiência operacional da Transpetro.
Entrada no segmento de fornecimento de bunker
Sérgio Bacci, presidente da Transpetro, revelou que a estatal estreará no fornecimento de bunker (combustível marítimo), uma iniciativa alinhada à estratégia de verticalização da empresa. Com a contratação dessas novas embarcações, a frota da Transpetro deve dobrar, fortalecendo a capacidade de atendimento às operações marítimas da Petrobras.
“Essa é a primeira vez que a Transpetro entra no segmento de bunker, o que representa uma nova fonte de receita, além de otimizar nossas operações”, afirmou Bacci, destacando que a modernização da frota inclui a aquisição de 20 barcaças e 20 empurradores, em aprimoramento de contratos na indústria naval.
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