Israel e Hamas concordaram com a primeira fase de um plano de paz elaborado pelo ex-presidente Donald Trump, anunciada nesta quarta-feira (8), gerando esperança de um fim ao conflito de mais de dois anos em Gaza. Trump afirmou que o acordo resultará na libertação de reféns e na retirada progressiva das tropas israelenses da região.
Detalhes do acordo e reação internacional
Segundo Trump, o acordo inclui a libertação de todos os reféns capturados por Hamas, com 20 deles ainda vivos a serem liberados nos próximos dias, além da retirada do exército israelense de Gaza. O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, disse que vai reunir seu governo nesta quinta-feira para aprovar formalmente o entendimento, agradecendo ao ex-presidente americano.
Hamas também anunciou que o acordo prevê o fim da guerra, a retirada da ocupação israelense em Gaza, entrada de ajuda humanitária e troca de prisioneiros. Em uma mensagem no Telegram, o grupo pediu que os mediadores, como os países Qatar, Egito e Turquia, garantam o cumprimento das obrigações assumidas pelo governo israelense.
Etapas e expectativas do plano de Trump
Liberação de reféns e retirada militar
De acordo com fontes próximas ao processo, Hamas deve libertar todas as 20 vítimas sobreviventes dentro de 72 horas após a aprovação do governo israelense, enquanto Israel começará a retirar suas tropas de Gaza. A expectativa é que essa primeira fase seja concluída ainda neste final de semana.
Em contrapartida, Israel se compromete a libertar cerca de 250 prisioneiros palestinos, incluindo mulheres e crianças, além de outros 1.700 detidos após 7 de outubro de 2023, como parte do acordo de troca.
Implicações e próximos passos
Especialistas indicam que a ratificação do acordo poderá abrir caminho para negociações mais amplas de paz na região. Trump, que pretende viajar para o Egito para acompanhar a implementação, declarou que este é um “dia maravilhoso para o mundo árabe, muçulmano, Israel, nações vizinhas e os EUA”.
A “primeira fase” do plano ainda aguarda detalhes finais e o cumprimento dos compromissos por parte de ambas as partes. Analistas apontam que, apesar das expectativas, questões difíceis permanecem, como o futuro do controle de Gaza e a segurança de Israel.
Perspectivas futuras para o conflito
No entanto, muitos observadores alertam que ainda há desafios relevantes antes de uma paz duradoura, incluindo questões de implementação e garantias de segurança necessárias para consolidar o acordo. A comunidade internacional acompanha de perto os próximos dias, na esperança de que o conflito finalmente entre em uma fase de resolução.
