Brasil, 8 de outubro de 2025
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Haddad cobra Congresso a aprovar MP alternativa ao IOF

Fernando Haddad reforça que o governo confia na compreensão do Congresso para aprovar a MP que mantém equilíbrio fiscal sem penalizar a maior parte da população

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira que o governo espera que o Congresso cumpra o acordo e aprove a Medida Provisória (MP) que substitui o IOF. Segundo ele, o texto negociado é resultado de semanas de tratativas e garante o equilíbrio fiscal sem penalizar a maioria da população brasileira.

Pedido de cumprimento do acordo e postura do governo

“A única coisa que o governo está pedindo é que um acordo seja cumprido. Estamos fazendo todo o empenho para que os parlamentares ofereçam as condições de fechar um orçamento adequado, que respeite os programas que foram aprovados pelo Congresso Nacional para que tudo tenha continuidade”, declarou Haddad.

O ministro se mostrou tranquilo quanto ao conteúdo da MP, classificando o texto como “justo e sóbrio”. Ele ressaltou que a proposta preserva 99% da população e exige responsabilidade do 1% mais rico do país. “O que eu estou querendo aqui é reivindicar o acordo que foi feito, porque é um acordo justo, que não penaliza o trabalhador, a maior parte do povo, e chama o 1% a cumprir sua parte”, afirmou.

Política e movimentações no Congresso

Haddad também criticou movimentos dentro do Congresso que, na sua avaliação, tentam desorganizar o orçamento. “Quem quer desorganizar, como fizeram em 2022 por motivos eleitorais, vai se equivocar novamente. Tentar desinformar e sabotar o país para preservar privilégios não é um bom caminho”, afirmou.

O ministro destacou que todas as questões de mérito da MP já foram alinhadas nas negociações, restando agora divergências de natureza política. “Tudo que de mérito foi discutido foi pactuado. O que está sendo discutido agora é de ordem política”, enfatizou.

Concessões e impactos da MP

Entre as principais concessões do governo para facilitar a aprovação, estão a manutenção da isenção sobre Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e do Agronegócio (LCA), evitando sua tributação inicialmente planejada. O governo também abandonou a ideia de aumentar o imposto sobre casas de apostas eletrônicas, incluindo uma compensação: empresas que operavam antes da regulamentação deverão pagar 30% da receita obtida no período.

Pressão política e desafios na tramitação

Embora haja um acordo, o Palácio do Planalto admite dificuldades no Congresso. Hoje, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião de emergência com ministros e líderes partidários para traçar estratégias. Aliados do governo acusam Tarcísio de Freitas, governador de São Paulo, de atuar na oposição à medida, o que ele nega.

A MP foi aprovada por 13 votos a 12 na comissão especial e agora depende da maioria no plenário. A ministra Gleisi Hoffmann afirmou que a medida “cobra imposto dos super-ricos e garante recursos para programas sociais”, classificando a resistência ao texto como um “interesse eleitoral”.

O governo busca reverter resistências de partidos do centro e da Frente Parlamentar da Agropecuária, que tiveram reivindicações atendidas, mas ainda não decidiram apoiar oficialmente a MP. Gleisi também dialogou com o presidente do Republicanos, Marcos Pereira, para tentar assegurar o apoio da sigla de Tarcísio, mas o partido ainda não se pronunciou definitavemente.

A equipe econômica considera a aprovação da MP como crucial para o fechamento das contas públicas em 2026, reforçando a necessidade de unidade no Congresso para evitar derrotas em momentos decisivos.

Fonte: O Globo

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