<石>Dificuldades no Congresso ameaçam tramitação de MP do governo石>
Durante a votação do requerimento de urgência para a votação da Medida Provisória (MP) que altera o Imposto sobre Operações Financeiras (IOF), ministros suplentes ligados ao Palácio do Planalto votaram contra a orientação oficial do governo. Essa movimentação sinaliza dificuldades na aprovação do texto no Congresso, conforme avaliam integrantes do governo federal.
Votos divergentes e impacto na aprovação da MP
Na sessão, o suplente de André Fufuca, ministro do Esporte, deputado Allan Garces (PP-MA), votou a favor do requerimento, contrariando a posição do governo, que se manifesta contrário ao aumento do IOF. Além dele, o pastor Cláudio Mariano (União Brasil-PA), que ocupa a vaga de Celso Sabino, e Ossesio Silva (Republicanos-PE), suplente de Silvio Costa Filho, também apoiaram a urgência. Os ministros retornam às suas funções após a votação.
Reação do presidente Lula e cenário político
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva convocou uma reunião de emergência com ministros do Palácio do Planalto e líderes do governo para discutir o cenário de dificuldade na aprovação da MP. Ele reforçou que o tema não deve ser pauta de disputa eleitoral e mandou um recado ao Congresso: quem votar contra o projeto estará contrariando os interesses do povo brasileiro.
“Quem pensa pequeno e vota contra porque acha que isso favorece alguém, está prejudicando o povo pobre, que precisa do dinheiro”, afirmou Lula em evento no Palácio do Planalto após a sanção da tarifa social de energia elétrica.
Conflitos internos e influência do contexto eleitoral
Segundo reportagem do O Globo, articuladores do Palácio apontam que há risco real de a MP ser rejeitada. Aliados do governo suspeitam que Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, tem atuado para convencer congressistas a votar contra o projeto, revelando uma disputa política de forte impacto eleitoral.
No Ministério da Fazenda, a avaliação é de que as votações serão decididas voto a voto, refletindo o clima de incerteza e os rompimentos de acordos políticos. O cenário, portanto, indica que o governo terá que atuar de forma intensa para garantir a aprovação da medida no Congresso.