Brasil, 8 de outubro de 2025
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Governo avalia aumentar limite de financiamento imobiliário para R$ 2,25 milhões

Anúncio oficial do novo modelo de crédito imobiliário com recursos da poupança será feito nesta sexta-feira por Lula, com possibilidade de aumento do teto

O governo federal deve elevar o valor máximo para o financiamento de imóveis pelo Sistema Financeiro de Habitação (SFH), atualmente em R$ 1,5 milhão, para até R$ 2,25 milhões. A mudança faz parte do anúncio do novo modelo de crédito habitacional com recursos da poupança, programado para acontecer nesta sexta-feira em São Paulo pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O ajuste no limite visa atualizar um valor que não sofre alterações desde 2018, atendendo a pedidos do setor da construção civil.

Reforma no modelo de crédito com recursos da poupança

O novo sistema, desenvolvido pelo Banco Central em parceria com o Ministério das Cidades, do Fazenda e a Caixa Econômica Federal, busca mudar a lógica de direcionamento dos recursos da poupança para o crédito imobiliário. Segundo fontes envolvidas, a ideia é flexibilizar a utilização do saldo da poupança de modo a ampliar o volume de recursos disponíveis para financiamento habitacional com juros baixos.

Testes do novo modelo e impacto na economia

Os testes desse novo modelo, inicialmente previstos para começarem apenas em 2026, terão início imediato, permitindo uma injeção de pelo menos R$ 20 bilhões na economia via aumento do crédito imobiliário, podendo chegar a R$ 37,5 bilhões, conforme estimativas de interlocutores. Essa movimentação ocorre às vésperas do período eleitoral, com o objetivo de impulsionar o setor e estimular o mercado de imóveis.

Alterações na utilização dos recursos da poupança

Atualmente, 65% dos recursos captados pela caderneta de poupança são obrigatoriamente destinados ao crédito imobiliário, enquanto 20% ficam retidos no Banco Central como depósito compulsório, e os demais 15% podem ser aplicados livremente pelos bancos. Com o novo modelo, até 5 pontos percentuais do compulsório poderão ser utilizados na nova sistemática durante o período de teste, que deve durar até o fim de 2026, com implementação plena em 2027.

Além disso, 80% do valor liberado deve ser destinado ao SFH, enquanto o restante pode ser utilizado em operações no Sistema de Financiamento Imobiliário (SFI), que não possui limite de taxas. Essa mudança pode ampliar significativamente a oferta de crédito com juros mais baixos, beneficiando tanto os bancos quanto os consumidores.

Perspectivas e desafios

Segundo fontes, o aumento do teto de financiamento e a liberação de recursos do compulsório podem ampliar para R$ 20 bilhões, ou até R$ 37,5 bilhões, a disponibilidade de recursos para crédito imobiliário. A Caixa, maior participante do segmento, deverá usar principalmente os recursos atuais, pois seu volume de direcionados já está bastante utilizado.

Apesar de contrariar o esforço do Banco Central de esfriar a economia e controlar a inflação, essa liberação visa ampliar a oferta de crédito, com potencial de estimular a construção civil e movimentar a economia antes das eleições. O Banco Central resistia a essa flexibilização, mas acabou cedendo devido à pressão do setor.

Impactos futuros no mercado de crédito

Com a plena adoção do novo modelo, estimam-se que a capacidade de aplicação dos bancos em crédito imobiliário possa saltar de R$ 90 bilhões para cerca de R$ 200 bilhões em dois anos, dinamizando o setor de habitação no país.

Para mais detalhes, acesse a matéria completa no GLOBO.

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