O Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) é, acima de tudo, uma reserva financeira do trabalhador, embora muitos ainda vejam o recurso como uma ferramenta para o setor da habitação e da construção civil. Especialistas destacam que o dinheiro deve ser melhor remunerado, com possibilidades de uso que atendam às próprias necessidades do trabalhador.
O FGTS é do trabalhador e precisa ser mais valorizado
Conforme análises de especialistas, o principal equívoco é tratar o FGTS como um recurso exclusivamente usado por indústrias do setor de construção civil para facilitar financiamentos. Na verdade, o fundo é do trabalhador e deve servir para sua estabilidade financeira, especialmente em momentos de crise.
“O FGTS precisa render mais, e o trabalhador deve ter acesso a ele de forma mais eficiente para reorganizar sua vida financeira”, afirma Marina Cardoso, economista especialista em políticas públicas. Atualmente, o rendimento do fundo é considerado sub-remunerado, o que limita seu potencial de auxílio na elaboração de planos de longo prazo.
Situação atual e propostas de melhorias
Contrariando declarações do ministro Luiz Marinho, especialistas defendem que o problema não está nos saques menores, mas na criação de regras de acesso mais justas e eficientes. Além disso, sugerem acabar com a punição de quem opta pelo saque-aniversário, modalidade que tem aumentado a liquidez do fundo.
Necessidade de discutir remuneração
Outro ponto importante é a discussão sobre a remuneração do dinheiro do trabalhador. “O melhor caminho seria aumentar a rentabilidade do fundo, permitindo que o trabalhador possa destinar esses recursos de forma mais flexível, inclusive para quitar dívidas caras com juros elevados”, explica João Farias, especialista em direito do trabalho.
Perspectivas futuras
Segundo fontes do setor, mudanças que valorizem o FGTS podem melhorar o acesso ao recurso e ampliar sua utilidade, contribuindo para uma maior segurança financeira do trabalhador. Ainda há espaço para reformas que envolvam regras de saque, remuneração e uso do fundo de forma mais ampla e justa.
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