A China emitiu um aviso alarmante ao mundo, destacando suas capacidades nucleares. Victor Gao, Vice-presidente do Centro de China e Globalização, afirmou que o país “não disparará o primeiro tiro”, mas que também “nunca permitirá um segundo”, em declarações explosivas divulgadas nas redes sociais.
A ameaça nuclear de China e suas capacidades militares
As declarações de Gao foram traduzidas para o inglês e divulgadas pela mídia paquistanesa Observer Diplomat, que também publicou um relatório sobre as “avançadas” capacidades militares da China. O relatório inclui informações sobre um míssil capaz de transportar até 60 ogivas nucleares, além de uma bomba de hidrogênio. Em uma postagem no Instagram, o OD enfatizou que “qualquer ataque, convencional ou nuclear, terá consequências devastadoras”.
Nem o vídeo nem a tradução foram verificados de forma independente. O OD pediu a seus seguidores no Instagram que assistissem às declarações de Gao para entender a posição rígida da China e as implicações para a segurança global.
Contexto das declarações e o desfile militar
Victor Gao é descrito pela BBC como um leal veterano do Partido Comunista da China. Ele fez questão de ressaltar o poder militar da China antes do 80º aniversário da rendição oficial do Japão na Segunda Guerra Mundial. Em entrevista ao Sky News, antecipando o desfile militar do Dia da Vitória, que ocorrerá no dia 3 de setembro, Gao garantiu que a China exibirá as “melhores” armas, drones e robôs “de todos os tempos”. Ele afirmou ainda que o arsenal chinês promoverá a paz, dizendo: “Nenhum país deve ousar impor a guerra à China”.
Principais armas e o aumento das tensões globais
O OD relatou que Gao descreveu uma arma capaz de atingir qualquer alvo no mundo em menos de 20 minutos, sem que haja a possibilidade de interceptação. Essas declarações ocorreram em um momento de crescente tensão e instabilidade globais, com conflitos em andamento entre Rússia e Ucrânia, além das hostilidades entre Hamas e Israel. As tensões no Mar do Sul da China e no Estreito de Taiwan também aumentaram nos últimos meses.
Política de defesa da China e seus arsenais nucleares
Os comentários de Gao estão alinhados com a política de defesa da China, que estipula o compromisso do país em não usar armas nucleares primeiro em qualquer circunstância. Além disso, a China se compromete a não usar ou ameaçar o uso de armas nucleares contra estados não nucleares ou zonas livres de armas nucleares.
Atualmente, a China possui 600 armas nucleares, de acordo com a Campanha Internacional para a Abolição de Armas Nucleares (ICAN). Embora esse número seja significativamente menor que o dos Estados Unidos, que têm 5.277, e da Rússia, que soma 5.449, a China mantém um poderoso arsenal militar.
Até maio, a China se destacava como a maior força armada do mundo em termos de pessoal militar ativo, com mais de dois milhões de soldados em atividade, segundo dados da Statista. Em seguida, estão a Índia (1,46 milhão), os Estados Unidos (1,3 milhão), a Coreia do Norte (1,28 milhão) e a Rússia (1,1 milhão). Em contraste, o tamanho total das forças armadas da Grã-Bretanha, entre efetivos treinados e não treinados, é de cerca de 147.300 soldados, conforme informações da Biblioteca da Câmara dos Comuns.
As declarações de alto nível e a demonstração de força da China revelam um tema recorrente nas relações internacionais contemporâneas, onde as tensões entre grandes potências se intensificam e a segurança global é colocada em questão.
O mundo continuará a acompanhar de perto os desenvolvimentos em torno das capacidades militares da China e as reações de outras nações frente a suas assertivas declarações.