Brasil, 8 de outubro de 2025
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Caos aéreo nos EUA: torres de controle ficam sem operadores

A falta de controladores de tráfego aéreo devido à paralisação do governo provoca atrasos e cancelamentos em aeroportos como Nashville e Chicago.

Os Estados Unidos enfrentam um significativo caos aéreo em decorrência do fechamento do governo, resultando na desativação de torres de controle de tráfego aéreo em importantes aeroportos. A situação se agrava com a falta de pessoal, deixando aviões e passageiros em um limbo nas últimas horas.

A situação em Nashville

A Administração Federal de Aviação (FAA) anunciou que o Aeroporto Internacional de Nashville enfrentará problemas a partir das 17h (horário de Brasília) de terça-feira. Devido à falta de controladores de tráfego aéreo disponíveis, a torre de controle ficará inativa, resultando em atrasos significativos e paradas no solo.

Situações semelhantes já se fizeram notar recentemente em outros aeroportos. Por exemplo, a FAA informou que o atraso em Nashville poderia durar até a meia-noite, fazendo com que os voos acumulassem atrasos superiores a duas horas. Embora os funcionários do aeroporto tenham sido alertados sobre a situação, os passageiros foram instruídos a verificar o status de seus voos por meio das companhias aéreas antes de se dirigirem ao aeroporto.

Aeroportos afetados pela crise

Além de Nashville, o Aeroporto Internacional O’Hare, em Chicago, também enfrenta desafios semelhantes. A FAA divulgou que a torre de controle em O’Hare começaria a operar em modo reduzido também, iniciando uma paralisação a partir das 19h e se estendendo até a meia-noite. Considerado um dos aeroportos mais movimentados do mundo, O’Hare é um ponto crucial para mais de 80 milhões de passageiros anualmente e a situação atual pode causar um efeito dominó em toda a rede de voos nos Estados Unidos.

Na tarde de terça-feira, O’Hare já havia registrado mais de 60 voos atrasados, e os problemas de controle de tráfego aéreo foram exacerbados por ausências de funcionários, conforme relatado por Sean Duffy, o Secretário de Transporte.

Repercussões para os passageiros

As mudanças nas operações de controle de tráfego aéreo não se restringem apenas a problemas em Nashville e Chicago. Aeroportos como Newark, que já enfrentavam dificuldades operacionais antes do fechamento do governo, agora se veem sobrecarregados com a escassez de pessoal. Até o momento, as companhias aéreas informaram que o número de cancelamentos em todo o país se manteve relativamente baixo, com apenas 61 voos cancelados desde o início da manhã.

O presidente da Associação Nacional de Controladores de Tráfego Aéreo, Nick Daniels, fez um apelo para que a paralisação do governo chegue ao fim o mais rapidamente possível. Com mais de 20.000 controladores de tráfego aéreo representados pela Associação, a situação se torna ainda mais crítica, já que muitos têm trabalhado turnos de 10 horas, seis dias por semana.

Consequências a longo prazo

O fechamento do governo tem imposto uma nova pressão sobre os trabalhadores dos aeroportos, levando à suspensão de programas de apoio e a furloughs (suspensões temporárias) de pessoal de apoio. Além disso, diversos aeroportos se encontravam em dificuldades operacionais antes mesmo de 1º de outubro, quando o Congresso não conseguiu aprovar uma nova medida de despesas.

A série de problemas atuais não mostra sinais de resolução imediata. Com o aumento do tráfego aéreo durante as festividades, a falta de pessoal pode complicar ainda mais a situação. Os passageiros devem estar cientes de que atrasos adicionais podem ocorrer à medida que a FAA tenta estabilizar a situação e reestabelecer a normalidade nos serviços aéreos.

Em uma resposta automática referente à situação, a Casa Branca colocou a responsabilidade pela paralisação nas mãos dos democratas, uma mensagem que longe de esclarecer, pode aumentar a tensão entre as partes envolvidas.

Em resumo, a crise atual nos aeroportos dos Estados Unidos representa um desafio imenso não apenas para a logística do tráfego aéreo, mas também para a experiência do viajante que necessita de um serviço eficiente e confiável. Com a situação delicada, o futuro próximo dos voos nos EUA permanece incerto.

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