Brasil, 8 de outubro de 2025
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Adélio Bispo passa por novo exame psiquiátrico que pode definir sua liberdade

Exame psiquiátrico marcará futuro de Adélio Bispo, autor do atentado contra Jair Bolsonaro, com possibilidade de liberdade condicional.

O autor da facada no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Adélio Bispo, de 47 anos, passará por um novo exame psiquiátrico que vai determinar se ele pode ser solto. Este exame, agendado para os próximos dias, é crucial para responder a uma série de perguntas formuladas pelo Judiciário, que avaliarão a situação atual de Adélio, considerado inimputável e, por isso, não respondendo a processo criminal.

Situação atual de Adélio Bispo

Atualmente internado no Presídio Federal de Campo Grande, Adélio tem sua permanência garantida no local até 2038, quando completará 60 anos. A informação, revelada pelo Metrópoles, indica que o exame será conduzido por dois especialistas da área de psicologia e ocorrerá sob supervisão judicial. Essa avaliação poderá mudar o rumo de sua detenção após anos de silêncio e isolamento.

Os especialistas terão a responsabilidade de responder a três perguntas fundamentais que servirão como base para o laudo que definirá o futuro de Adélio. Os psicólogos já foram informados sobre a avaliação a ser realizada.

Os três pontos a serem respondidos

  • O periciando ainda é portador de patologia ou transtorno mental que justifique a manutenção da medida de segurança inicialmente imposta? Qual?
  • Atualmente, o periciando apresenta condição psíquica que represente risco para si ou para terceiros? Emita um parecer técnico acerca da cessação ou persistência da periculosidade do internado.
  • Em caso positivo, e com base em prognóstico médico e análise de casos semelhantes, em quanto tempo ele deverá ser reexaminado para verificar eventual cessação da periculosidade?

Expectativas sobre a libertação de Adélio

Conforme reportagem do Metrópoles, a chance de Adélio deixar o sistema prisional federal é considerada remota. Agentes ouvidos sobre o caso afirmam que os magistrados têm optado por manter a ordem pública, tornando a liberação cada vez menos provável. O resultado do exame pode, possivelmente, indicar uma transferência para um hospital de custódia, caso se determine que ele não representa mais um risco à sociedade.

Relatórios sigilosos apresentados aos psicólogos indicam uma deterioração da saúde de Adélio ao longo dos anos de encarceramento. Em 2018, a Polícia Federal concluiu que ele agiu sozinho ao esfaquear Bolsonaro, e mantém vigilância sobre seu comportamento desde então.

Condições de encarceramento de Adélio

Com base em decisão judicial, Adélio poderá deixar o sistema prisional ao atingir a idade de 60 anos. Ele ocupa atualmente uma cela de cerca de seis metros quadrados e, por decisão não revisada, não recebe visitas de familiares há mais de um ano. Desde que foi encarcerado, não leu nenhum livro e tem dificuldades em manter conversas com outros detentos.

Ainda que seja considerado um preso de alta periculosidade, não há expectativa de transferência de Adélio para outra unidade do sistema federal — uma ação que, em outros casos, é adotada por questões de segurança. A penitenciária de Campo Grande, embora considerada a mais adequada no Brasil para tratar detentos com problemas mentais, ainda não possui instalações totalmente apropriadas para tal tratamento.

O prontuário médico de Adélio, que poderia oferecer mais detalhes sobre sua condição, é mantido sob sigilo pelas autoridades, e a Polícia Federal chegou até a tentar obter acesso a esses documentos durante o governo Bolsonaro, mas o pedido foi negado.

Conclusão

O novo exame psiquiátrico a que Adélio Bispo será submetido poderá ter um impacto significativo em sua situação. As respostas dos especialistas não apenas determinarão a continuidade de sua prisão, mas também poderão refletir sobre o entendimento da sociedade acerca de saúde mental e segurança pública. A expectativa é que as decisões a serem tomadas com base neste laudo sejam pautadas pela responsabilidade e pelo cuidado com a ordem pública, levando em consideração a complexidade do caso.

Esse processo continua a ser objeto de atenção pública, e suas implicações são amplamente discutidas na esfera política e social, refletindo a tensão entre justiça e reabilitação.

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