Brasil, 7 de outubro de 2025
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UFC rompe acordo de intercâmbio com universidade de Israel

Universidade Federal do Ceará encerra programa de intercâmbio em resposta à crise humanitária em Gaza, reforçando compromisso com direitos humanos.

Na última segunda-feira (6), o Conselho Universitário (Consuni) da Universidade Federal do Ceará (UFC) tomou uma decisão marcante ao aprovar o rompimento do programa de intercâmbio com a Universidade Ben-Gurion, de Israel. Esta medida, segundo o conselho, foi uma resposta ao clamor da comunidade universitária diante da “grave crise humanitária e o genocídio praticado pelo Estado israelense contra o povo palestino, em especial na Faixa de Gaza”.

Reação ao contexto internacional

Em um comunicado oficial, o Conselho Universitário deixou claro seu repúdio ao genocídio que vem ocorrendo na região e expressou solidariedade ao povo palestino. “O Conselho Universitário da UFC repudia veementemente o genocídio em curso, solidariza-se com o Povo Palestino que resiste às agressões e cancela o acordo para o Programa de Intercâmbio e Cooperação Acadêmica com a Universidade Ben-Gurion”, enfatizou o documento. Além disso, a UFC afirmou que não manterá quaisquer relações acadêmicas com instituições israelenses, alinhando-se a outras entidades brasileiras e internacionais que compartilham dessa posição.

Histórico do programa de intercâmbio

O programa de intercâmbio entre a UFC e a Universidade Ben-Gurion foi firmado em 2022 e, segundo informações da UFC, apenas duas atividades foram realizadas desde então: um curso online e um hackaton, ambos concluídos em julho de 2023. A decisão de romper o acordo foi anunciada em um momento crítico, às vésperas do segundo aniversário dos ataques do grupo terrorista Hamas, que resultaram na morte de mais de 1.200 pessoas, além do sequestro de 251 indivíduos.

Solidariedade a Luizianne Lins

O rompimento do intercâmbio também coincidiu com a situação da deputada federal Luizianne Lins (PT), professora licenciada da UFC, que se encontra em processo de deportação de Israel. Lins e outros ativistas estavam a bordo da Flotilha Global Sumud, missão destinada a levar ajuda humanitária à Gaza, quando foram interceptados por forças israelenses no dia 2 de outubro. Desde então, os ativistas têm sido deportados para seus países de origem.

O Conselho Universitário, em sua moção, não apenas repudiou a situação em Gaza, mas também manifestou solidariedade a Luizianne Lins, reconhecendo sua trajetória de militância em prol dos direitos humanos e da justiça social. “Reconhecemos a trajetória da professora Luizianne, marcada desde o movimento estudantil por uma militância firme em defesa dos direitos humanos, da democracia, da justiça social e da liberdade dos povos”, afirmou o conselho.

Implicações da decisão da UFC

A decisão da UFC de romper o acordo de intercâmbio tem implicações significativas não apenas para a instituição, mas também para a comunidade acadêmica brasileira como um todo. A medida reflete uma crescente conscientização sobre as questões humanitárias e políticas envolvendo o conflito entre Israel e Palestina, além de mostrar um alinhamento da universidade com movimentos sociais e ativistas que lutam pelos direitos do povo palestino.

A UFC, ao tomar essa medida, se junta a outras universidades e instituições que têm se posicionado contra as agressões a direitos humanos em diversas partes do mundo. A atitude não se limita apenas a uma declaração de princípios, mas também a uma ação concreta que pode influenciar a percepção e o engajamento de outras universidades na luta pelos direitos humanos.

Considerações finais

O rompimento do programa de intercâmbio da UFC com a Universidade Ben-Gurion é um passo significativo que reflete as crescentes tensões e preocupações humanitárias em relação ao conflito israelo-palestino. A posição da universidade demonstra um compromisso não apenas com a educação, mas também com a justiça social e os direitos humanos. A reação da UFC a essa situação ainda deve ser observada, pois pode inspirar outras instituições a se posicionarem de maneira similar, promovendo um debate mais amplo sobre temas críticos que envolvem a dignidade humana e os direitos dos povos.

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