O Papa Leo XIV anunciará sua primeira viagem apostólica, que acontecerá de 27 de novembro a 2 de dezembro, visitando a Turquia e o Líbano, conforme comunicado do Vaticano nesta terça-feira. A visita inclui locais de grande significado histórico e religioso, visando fortalecer o diálogo entre as diferentes culturas e religiões dessas regiões.
Visita a Nicaea e celebração ecumênica na Turquia
Durante a viagem, o Papa Leo XIV irá a Nicaea, na Turquia, para marcar o 1.700º aniversário do Concílio de Nicaea, evento fundamental na história da Igreja que resultou na formulação do Credo Niceno. Segundo o Vaticano, o Papa participará de uma peregrinação conjunta com o Patriarca Ortodoxo de Constantinopla, Bartolomeu I, no dia 28 de novembro.
No dia seguinte, ele ficará dois dias no bairro de Fener, em Istambul, sede do Patriarcado Ecumênico, onde celebrará a festa de Santo André, apóstolo, no dia 30. A visita faz de Leo XIV o quinto Papa a viajar à Turquia, continuando uma tradição que começou com o Papa Francisco, que visitou o país em 2014 para promover o diálogo inter-religioso com líderes ortodoxos e muçulmanos.
Reconhecimento e esperança no Líbano
No Líbano, o último Papa a visitar o país foi Bento XVI, em 2012, mais de um ano após o início da guerra civil na Síria. A visita de Leo XIV tem sido vista como um gesto de esperança por parte das lideranças locais. O presidente libanês, Joseph Aoun, afirmou que a viagem “reforçará a confiança inabalável” entre o nação e o Vaticano, além de simbolizar paz em um país marcado pela diversidade religiosa e cultural.
Para o presidente, a expectativa é de que o evento contribua para a união entre cristãos e muçulmanos e traga momentos de estabilidade em uma fase delicada da história nacional. Segundo a agência da ONU para refugiados, o Líbano abriga a maior população per capita de refugiados do mundo, incluindo cerca de 1,5 milhão de Sírios, o que aumenta ainda mais a relevância da visita papal neste contexto de crise humanitária.
Repercussão e simbolismo da visita
A Assembleia de Patriachias e Bispos Católicos do Líbano destacou que a presença do Papa será um símbolo de amor e preocupação com o povo libanês, enquanto líderes religiosos e políticos manifestaram esperança de que o encontro possa promover uma maior unidade nacional e reforçar os laços com a Igreja Católica.
Segundo a nota oficial do Vaticano, a iniciativa reforça a importância do diálogo ecumênico e interreligioso em uma região marcada por desafios políticos, sociais e religiosos. A expectativa é de que a visita seja também uma oportunidade para reforçar a esperança de paz e reconciliação na mundialmente diversificada região do Oriente Médio.
Esta será uma ocasião histórica, voltada à reflexão sobre as raízes comuns e o fortalecimento da convivência pacífica entre diferentes comunidades religiosas e culturais.
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