Brasil, 7 de outubro de 2025
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Nossos cérebros evoluíram para socializar, mas têm limite de 150 amigos

A pesquisa revela que a capacidade de relacionamentos sociais dos seres humanos é limitada a cerca de 150 amigos.

A interação social é uma parte essencial da experiência humana e uma recente pesquisa sugere que os nossos cérebros estão programados para ter um número limitado de relacionamentos próximos. De acordo com a pesquisa, a nossa capacidade de amizades efetivas, que fortalecem laços emocionais e suporte social, provavelmente não ultrapassa 150 pessoas. Essa descoberta é conhecida como o “número de Dunbar”, em homenagem ao antropólogo Robin Dunbar, que estudou a relação entre a inteligência humana e o número de contatos sociais que podemos manter.

Entendendo o número de Dunbar

O número de Dunbar sugere que existe uma quantidade limitada de conexões sociais que podemos gerenciar ao longo de nossa vida. Isso implica não só que não conseguimos manter interações significativas com um número maior de pessoas, mas também que a qualidade das relações tende a diminuir à medida que o número de amigos aumenta. Robin Dunbar, o cientista por trás desse conceito, acredita que a evolução do cérebro humano, que aumentou em tamanho ao longo dos milênios, fez isso de uma maneira que otimizou a habilidade humana de formar e manter laços sociais.

As implicações sociais e emocionais

Compreender que temos um limite em nossas amizades pode ajudar a lidar com as expectativas em relação a relacionamentos. O psicológico por trás das interações sociais aponta que a quantidade não é o mais importante, mas sim a qualidade. Ter um pequeno círculo próximo de amigos íntimos pode ser mais benéfico do que um grande número de conhecidos que não oferecem suporte emocional verdadeiro. Essa realidade fica ainda mais evidente em um mundo digital, onde a interação é frequentemente superficial e muitas vezes se traduz em uma quantidade maior de “amigos” sem o mesmo valor relacional.

A adaptabilidade dos relacionamentos em tempos modernos

Com o advento das redes sociais, muitos se perguntam se essa dinâmica realmente se aplica à era digital. Em um mundo onde é fácil se conectar com centenas de pessoas, a verdadeira questão é como essas relações são mantidas. Embora a tecnologia tenha facilitado a comunicação, as descobertas de Dunbar ainda são relevantes. A interação online pode aumentar o número de conexões, mas muitas vezes resulta em relacionamentos mais rasos, em que a intimidade emocional e o apoio mútuo são limitados.

Reflexões sobre o nosso círculo social

É válido refletir sobre o que significa para nós ter um círculo social saudável. Enquanto podemos ter colegas, conhecidos e seguidores online, é fundamental que nos concentremos em cultivar amizades que tragam alegria, suporte e compreensão mútua. A pergunta que fica é: como podemos otimizar nosso tempo e esforço para desenvolver essas relações mais profundas e significativas dentro da limitação mencionada? Às vezes, menos é definitivamente mais quando se trata de amizade.

Em um mundo onde os laços sociais são cada vez mais desafiados, valorizar as relações próximas e significativas, em vez de se distrair com a quantidade de interações, pode ser o caminho ideal para uma vida mais satisfatória. Tornar-se consciente do número de Dunbar pode permitir que as pessoas foquem no que realmente importa em suas vidas sociais.

Conclusão

Nossos cérebros podem muito bem ter evoluído para socializar, mas também é verdade que temos nossos limites. O número de 150 amigos nos impulsiona a investir tempo e energia na construção de laços genuínos, garantindo que apesar de vivermos em uma era digital repleta de contatos, saibamos valorizar as conexões que verdadeiramente enriquecem nossas vidas. Refletir sobre a qualidade em vez da quantidade pode fazer uma grande diferença em nossa saúde emocional e bem-estar.

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