Brasil, 7 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

MP aprovada na comissão cria alternativa ao aumento do IOF

Medida provisória inclui mudanças na arrecadação e ajustes fiscais para garantir a estabilidade do orçamento de 2026

A comissão mista do Congresso aprovou nesta terça-feira (7) uma medida provisória (MP) que apresenta uma alternativa ao aumento do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A proposta, que ainda precisa passar pelo plenário da Câmara e do Senado, visa garantir receitas para o próximo ano e evitar a perda de validade até quarta-feira (8) à noite.

Alterações na arrecadação e impacto financeiro

Originalmente, a MP previa uma arrecadação de R$ 20,9 bilhões em 2026 e um corte de gastos de R$ 10,7 bilhões. Porém, após modificações, não há uma estimativa oficial de arrecadação. O relator, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), excluiu o aumento da tributação sobre apostas de 12% para 18% e manteve a isenção de Imposto de Renda para títulos como Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Agropecuário (LCA), o que provocou uma perda potencial de R$ 4,3 bilhões.

Medida para compensar perda de arrecadação

Para equilibrar o impacto financeiro, Zarattini incluiu um Regime Especial de Regularização de Bens Cambial e Tributária (RERCT Litígio Zero Bets), permitindo declarações voluntárias de recursos, bens ou direitos relacionados a apostas de quota fixa, além de bens repatriados por residentes no país. Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, essa medida pode gerar uma receita de R$ 5 bilhões ao longo de três anos, com a cobrança de uma alíquota de 15% e multa de 100% sobre o valor do imposto.

Equilíbrio na tributação de aplicações financeiras

Durante a discussão, foi aprovado um destaque do senador Eduardo Braga (MDB-AM), que equiparou a alíquota do Imposto de Renda (IR) sobre aplicações financeiras e Juros sobre Capital Próprio (JCP) em 18%. Originalmente, o governo propôs uma alíquota de 17,5% para aplicações financeiras e de 20% para JCP, que passou a ser de 15% para ambas as categorias. O relator afirmou que a mudança garante o equilíbrio fiscal e a sustentabilidade orçamentária.

Outras alterações e previsões

O relatório aprovado também prevê o aumento da CSLL cobrada de fintechs de 9% para 15%. Além disso, há restrições para compensações tributárias realizadas com créditos indevidos ou documentos inexistentes. A MP incorpora medidas de contenção de despesas, como a inclusão do Programa Pé-de-Meia no piso de educação, limitação na concessão de auxílio-doença e ajustes no seguro-defeso.

Perspectivas para o orçamento de 2026

De acordo com o Governo, a MP é fundamental para fechar as contas do próximo ano, que exige arrecadação de R$ 10,6 bilhões, além de um corte de R$ 4,3 bilhões em despesas. Para 2026, as receitas previstas inicialmente incluíam R$ 285 milhões de apostas de quota fixa, além de valores de IR, CSLL e Juros sobre Capital Próprio, conforme projeto original.

A votação foi apertada: 13 votos a favor e 12 contra, demonstrando o clima de negociação no Congresso. A medida precisa ser sancionada até quarta-feira à noite para evitar que perca a validade.

Para mais detalhes, acesso a fonte original.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes