Um trágico acidente em Caçapava, interior de São Paulo, resultou na morte do motociclista Jean Carlo Barbosa Máximo, de 31 anos, após ser atropelado por um carro de luxo durante uma suposta disputa de ‘racha’. O pai da vítima, João Carlos Máximo, desabafou sobre a brutalidade do evento que tirou a vida de seu filho, um trabalhador dedicado que se esforçava pela família.
O acidente fatal
Na noite do último domingo (5), Jean havia deixado sua esposa no trabalho e, ao retornar, foi atingido em alta velocidade por um veículo dirigido por um dos irmãos envolvidos no racha. Reportagens indicam que ele foi arremessado a cerca de 200 metros de distância e morreu carbonizado após sua moto pegar fogo. A tragédia aconteceu na frente da esposa, que ficou em estado de choque após o evento.
“Meu filho foi levar a esposa no trabalho. O acidente foi na frente dela. Os carros vieram fazendo racha e pegaram ele, pegou fogo, carbonizou ele”, lamentou João Carlos em entrevista à TV Vanguarda.
Justiça e clamor familiar
O impacto do acidente tomou conta da família, que busca justiça pelo que consideram um homicídio. “Tem que ter justiça, não posso acusar de homicídio, mas é um homicídio, praticamente, o que ele sofreu lá. Nós aqui estamos também sem entender nada até agora”, declarou o pai, ressaltando a dificuldade que enfrentam por serem uma família simples e operária.
Jean deixará saudades à esposa e aos pais, e seu trabalho incansável desde a adolescência foi enfatizado por seus familiares, que destacam a dor e a perda irreparável em suas vidas.
Os suspeitos do crime
Os irmãos Jorge e Bruno Petrovitch Luiz foram presos como principais suspeitos do acidente. Jorge, de 26 anos, dirigia o carro que atingiu Jean e não possuía habilitação. O outro irmão, Bruno, de 29 anos, conduzia o carro que participou da fuga após o acidente. As prisões ocorreram em São José dos Campos, enquanto os suspeitos tentavam se distanciar do local da tragédia.
Dados do boletim de ocorrência indicam que ambos estavam sob influência de álcool, com características que sugeriam embriaguez, como fala arrastada e odor etílico. O advogado dos irmãos alegou que eles não tinham a intenção de causar o acidente e que reagiram com medo após a colisão, mas testemunhas afirmam ter visto os carros em alta velocidade antes do impacto.
Laudo e consequências legais
A Polícia Civil investiga o caso sob homens de homicídio, embriaguez ao volante, participação em corrida e direção sem habilitação. As evidências obtidas incluem vídeos que comprovam a disputa de racha, o que reforça a responsabilidade dos irmãos pela morte de Jean. O delegado do caso decretou a prisão preventiva dos suspeitos, garantindo que eles continuem na detenção durante as investigações.
As repercussões da tragédia não apenas impactam a família da vítima, mas também trazem à luz a questão da segurança no trânsito e as consequências das disputas automobilísticas, que frequentemente resultam em desastres fatais. O corpo de Jean foi encaminhado ao Instituto Médico Legal para exames necroscópicos, enquanto a família aguarda justiça para a perda de um ente querido.
Esse acidente ressalta a necessidade urgente de um olhar mais atento às práticas irresponsáveis nas vias públicas, assim como a aplicação rigorosa da lei para aqueles que dirigem intoxicados e colocam a vida de outras pessoas em risco.
O caso permanece sob investigação pela Polícia Civil, que busca esclarecer todos os detalhes do incidente e garantir que responsáveis sejam cobrados por suas ações.
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