Mongaguá, um município com 65 anos de emancipação político-administrativa, recebeu neste mês o seu primeiro semáforo, uma iniciativa da prefeitura para melhorar a segurança e organização do tráfego. A instalação do equipamento ocorreu na Avenida São Paulo, 1.580, em frente à Feira de Artesanato no coração da cidade. Essa mudança representa um passo significativo na evolução da infraestrutura urbana de Mongaguá, que até então não contava com semáforos em suas vias.
Situação do Tráfego e Objetivos da Instalação
Segundo informações da prefeitura, a instalação do semáforo faz parte de um planejamento mais amplo de mobilidade urbana. O estudo está sendo conduzido pela Unidade Gestora de Planejamento Urbano e Ambiental, em colaboração com a Gestão de Trânsito local. A secretária de Planejamento, Kátia Freire, explicou que a escolha do local para o semáforo se deve ao alto fluxo de pedestres, especialmente durante a temporada de verão, quando a cidade recebe um grande número de visitantes, além de ser uma área frequentada por moradores.
Kátia afirmou: “Esse fluxo é muito relevante, tanto durante a temporada quanto no cotidiano da cidade. O semáforo visa garantir segurança para os pedestres que transitam próximo a pontos movimentados como a feira, a igreja e as áreas de lazer.”
Futuras Melhorias e Estudo de Mobilidade
Além do primeiro semáforo, a prefeitura estuda a implantação de mais quatro semáforos em pontos estratégicos da cidade. Contudo, a implantação em alguns locais, como as entradas do trevo do Vera Cruz e do Agenor de Campos, ainda está em análise devido a questões relacionadas ao tráfego de rodovias. Kátia esclareceu que a prioridade atual é esperar a conclusão dos processos realizados pela Concessionária Nova Litoral, que estão ligadas às entradas e saídas dessas vias.
Funcionamento e Impacto na Educação do Trânsito
O novo semáforo foi projetado para funcionar de maneira que priorize a segurança dos pedestres. O sinal para os veículos permanece verde até que um pedestre pressione o botão, momento em que o sinal é alterado para vermelho. Francisco Xavier, gestor de Trânsito e Transporte, explicou: “O semáforo ficará vermelho apenas quando um pedestre desejar atravessar, permitindo uma travessia segura.” Ele acredita que a introdução deste equipamento trará um impacto positivo na educação para o trânsito, uma vez que os motoristas aprenderão a respeitar a sinalização dedicada aos pedestres.
Aceitação da Comunidade
As reações à instalação do semáforo têm sido majoritariamente positivas entre motoristas e pedestres. O pedreiro Waldir Roberto destacou que a medida traz mais organização ao trânsito e proporciona maior tranquilidade para aqueles que estão atravessando a avenida. Israel Teodoro dos Santos, um aposentado, expressou que é importante ter o semáforo em uma cidade litorânea que recebe muitos visitantes. “É uma necessidade, mesmo que alguns não gostem. Faz parte da vida,” comentou.
O também aposentado José Antônio Braga reforçou a importância do respeito à sinalização, afirmando que “a faixa de pedestres nem sempre é respeitada, e com o semáforo, as pessoas são obrigadas a parar.” Esse relato de aceitação reflete um desejo por melhorias no trânsito, mostrando que a população reconhece a necessidade de medidas que garantam sua segurança.
A História de Mongaguá
Mongaguá, uma palavra de origem indígena que significa “água pegajosa”, foi habitada pelos índios guaranis ao longo dos rios que levam seu nome. Durante o século XVI, expedicionários de Martim Afonso de Souza faziam paradas na região. Com o passar do tempo, a cidade se desenvolveu e, em 1948, foi criado o distrito que pertencia a São Vicente e, posteriormente, tornou-se um município. Mongaguá foi elevada à categoria de cidade em 1959 e, em 1977, recebeu o título de Estância Balneária, com sua festa de aniversário comemorada em 31 de dezembro.
Com a instalação do primeiro semáforo, Mongaguá dá um importante passo na modernização de sua infraestrutura, promovendo uma maior segurança e organização para a comunidade local, ainda que pela primeira vez em seus 65 anos de história.
