As exportações de carne bovina brasileira atingiram um recorde mensal de 314,7 mil toneladas em setembro, segundo dados da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), representando um aumento de 25,1% na comparação com o mesmo período de 2023. O Brasil, maior exportador global do produto, superou sua própria marca registrada em julho de 2023, mesmo diante do tarifão de 76,4% imposto pelos Estados Unidos em agosto.
Impacto das tarifas e diversificação de mercados
Embora as tarifas americanas tenham afetado a relação bilateral, a exportação brasileira continuou forte, impulsionada pela diversificação dos destinos, especialmente para o México e China, segundo a Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec). A China, principal mercado do Brasil, ampliou suas compras, contribuindo para o bom desempenho das exportações.
Contexto internacional e estratégias do setor
Antes do aumento das tarifas, em julho, as vendas ao mercado americano já atingiam 276,9 mil toneladas, o maior volume até então. Em agosto, as exportações caíram para 268,6 mil toneladas, mas voltaram a superar marcas anteriores em setembro. Segundo especialistas, o cenário mundial demonstra que, apesar das restrições com os EUA, o Brasil mantém a competitividade, apoiada também por compromissos de longo prazo e cortes de maior valor agregado.
Perspectivas para o setor
Roberto Perosa, presidente da Abiec, destacou que, mesmo com as tarifas, o Brasil consegue embarcar carne aos EUA, principalmente cortes de maior valor. “A competitividade do produto e o amadurecimento das negociações continuam sendo fatores-chave para sustentar as exportações”, afirmou.
Segundo dados publicados pelo G1, o desempenho positivo reflete uma resiliência do setor diante de um cenário de restrições na produção americana, que enfrenta ciclo de baixa oferta de animais. Assim, o Brasil reforça sua posição no mercado internacional, conquistando novos clientes e consolidando sua liderança mundial na exportação de carne bovina.
Para saber mais detalhes, acesse a matéria completa no jornal G1.