Brasil, 7 de outubro de 2025
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Justiça mantém prisão preventiva de Binho Galinha, deputado na Bahia

Deputado é suspeito de milícia e lavagem de dinheiro; caso ganhará novo desdobramento na Assembleia Legislativa da Bahia.

A prisão do deputado estadual Kleber Cristian Escolano de Almeida, conhecido como Binho Galinha (PRD), foi confirmada pela Justiça, que manteve a custódia na audiência ocorrida na segunda-feira (6). O parlamentar, em seu primeiro mandato, é investigado por comandar uma milícia envolvida em lavagem de dinheiro há mais de uma década. O caso agora será analisado pela Assembleia Legislativa da Bahia (Alba), que foi oficialmente notificada da prisão na última semana.

Contextualização do Caso

O deputado Binho Galinha foi preso na sexta-feira (3) após um mandado ser cumprido. A prisão foi uma consequência das investigações iniciadas sob a Operação “El Patrón”, que já havia resultou na detenção de outros integrantes de sua família, inclusive sua esposa e filho. A prisão da família ocorreu em meio a acusações de que o deputado estaria operando um esquema que lavava dinheiro por meio de sua loja de autopeças em Feira de Santana.

As medidas da Assembleia Legislativa

A Assembleia Legislativa, após a notificação, afirmou que precisará acessar a decisão judicial e os autos do processo para tomar as medidas cabíveis. De acordo com o Código de Ética e Decoro Parlamentar, a conduta de Binho Galinha pode resultar em suspensão ou até a perda de seu mandato, dependendo da gravidade das infrações cometidas, dos danos ocasionados à Casa e dos antecedentes do parlamentar.

A presidente da Alba, deputada Ivana Bastos (PSD), enfatizou a importância de um procedimento cauteloso: “Estamos aguardando que cheguem os autos para que possamos deliberar e seguir o que manda nossa Constituição”, afirmou. O processo poderá durar até 90 dias, enquanto a Assembleia se prepara para um possível julgamento do caso.

Acusações e Investigação

Os indícios levantados durante as investigações são graves. Segundo o Ministério Público da Bahia (MP-BA), Binho Galinha e sua família estão associados a uma rede que movimentou cerca de R$ 200 milhões de forma ilegal, utilizando empresas de fachada e venda de peças de automóveis roubadas. Além disso, relatórios apontam que há movimentação financeira em suas contas que não corresponde aos rendimentos declarados, indicando possíveis crimes de lavagem de dinheiro e organização criminosa.

O filho do deputado, de apenas 18 anos, teria sido designado para coletar os recursos provenientes de atividades ilícitas. Em um movimento surpreendente, a operação da Polícia Federal também levou à apreensão de um carro blindado que supostamente foi utilizado por Binho Galinha durante tentativas de fuga, demonstrando a gravidade da situação.

As próximas etapas do caso

O processo na Alba deverá ser conduzido com total transparência, uma vez que a justiça e a ética são fundamental para a integridade do cargo público. A defesa de Binho Galinha alegou que o deputado nunca esteve foragido e que sua prisão é uma ação desproporcional. Eles argumentam que todas as medidas legais farão parte da estratégia para restabelecer seu nome e assegurar um julgamento justo.

Repercussões e Implicações para o Futuro

A situação de Binho Galinha inaugura um novo capítulo na política da Bahia, refletindo a crescente atenção sobre a conexão entre corrupção, crime organizado e o funcionamento das instituições públicas. O caso não apenas implica a reputação do deputado, mas também foi um alerta para a Assembleia e seus membros sobre como as decisões que envolvem questões éticas e legais podem ter impactos diretos na confiança do público nas lideranças políticas.

Por fim, a expectativa é de que o processo na Assembleia Legislativa inicie assim que os documentos necessários sejam acessados. O desenrolar da situação poderá influenciar não apenas o percurso político de Binho Galinha, mas também as normas de conduta e os valores na política do Estado da Bahia.

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