Brasil, 7 de outubro de 2025
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Jubileu dos migrantes e missionários reúne cabo-verdianos em Roma

Cardeal Arlindo Furtado celebra a fé e a união da diáspora cabo-verdiana no Jubileu no Vaticano, que marca 500 anos da diocese.

O Jubileu dos Migrantes e Missionários, realizado nos dias 4 e 5 de outubro no Vaticano, foi um marco de celebração e reflexão para a comunidade cabo-verdiana no mundo. Sob a liderança do Cardeal Arlindo Furtado, Bispo da Diocese de Santiago de Cabo Verde, um grande grupo de migrantes se reuniu em Roma para celebrar não apenas a fé, mas também a cultura e a união da diáspora. Este evento ocorreu dentro do contexto das comemorações dos 500 anos da criação da Diocese cabo-verdiana.

A celebração do Jubileu e seu significado

O Jubileu dos Migrantes e Missionários em Roma foi um momento especial para os representantes de diversas comunidades cabo-verdianas que vieram de países como Holanda, Portugal, França e Suíça. Dentre os participantes, estavam também membros do C500, a Comissão da Década de Preparação para o Jubileu dos 500 anos da Diocese, que será celebrado em 2033. Sua participação reforçou a relevância da celebração, que não é apenas um marco histórico, mas também um momento de reafirmação da identidade e da fé cabo-verdiana.

A história da Diocese de Cabo Verde remonta a 31 de janeiro de 1533, quando o Papa Clemente VII estabeleceu a diocese com a Bula Pro Excellenti. Essa jurisdição não só abrange todo o arquipélago, mas também se estendia a uma vasta região do continente africano. Para os cabo-verdianos, os 500 anos representam uma rica história de fé e resiliência, que será comemorada ao longo de uma década, dividida em três ciclos trienais que visam celebrar o passado, refletir sobre o presente e projetar um futuro promissor.

O papel da diáspora no Jubileu

Como destacou o Cardeal Arlindo, os cabo-verdianos são verdadeiros “missionários” e “pedras vivas” da Igreja onde quer que estejam. Os migrantes levam consigo a fé em Cristo, contribuindo para a espiritualidade e a força das comunidades em que vivem. A participação deles no Jubileu da Diáspora é uma demonstração de que a fé e a cultura cabo-verdiana são levadas a todos os cantos do mundo, promovendo a união e fortalecendo os laços entre as comunidades.

A festividade em Roma culminou em um evento vibrante nos Jardins de Castel Sant’Angelo, onde aconteceu a “Festa dos Povos”, repleta de música, dança e testemunhos de vida. Neste ambiente acolhedor, os participantes se uniram em celebração, reforçando não apenas a ligação com suas raízes, mas também a construção de uma identidade comum. Durante o evento, alguns peregrinos expressaram suas emoções ao compartilhar momentos especiais com o Cardeal Arlindo e até com o Papa Leão XIV.

Depoimentos emocionantes dos peregrinos

Dentre os vários testemunhos coletados, destaca-se o de Antónia Silva, membro da comunidade cabo-verdiana em Roma, que relatou a emoção ao passar pela Porta Santa com o Cardeal, ressaltando o cuidado e a apreciação que a comunidade tem por ele. “É um momento simbólico para nós como católicos”, disse ela, enfatizando também a importância de se sentir acolhida como imigrante.

Outro relato tocante veio de Nilda Tavares, que viajou da Suíça para participar do Jubileu. Ela transmitiu a alegria de estar em um momento tão significativo, cercada por outros cabo-verdianos e pelo Cardeal. Para ela, estar com a comunidade era uma maneira de levar a fé e a esperança adiante.

Verónica Almada, secretária do C500 na Holanda, destacou a importância do evento e a mensagem de união transmitida pelo Papa. Apesar dos desafios enfrentados na construção da comunidade na Holanda, ela expressou confiança de que o trabalho árduo resultará em grandes conquistas, já que a história da Igreja em Cabo Verde é um legado que merece ser celebrado e mantido vivo através das novas gerações.

O Jubileu dos Migrantes e Missionários não apenas celebrou a história da Diocese de Cabo Verde, mas também ofereceu uma plataforma para que os migrantes reafirmassem seu compromisso com a fé, a cultura e a solidariedade, fortalecendo laços que transcendem fronteiras e reafirmando a mensagem de esperança e união na diversidade.

Ao retornar para suas comunidades, esses peregrinos levam consigo não apenas uma experiência espiritual marcante, mas também um renovado sentido de identidade e pertencimento, reafirmando que, onde quer que estejam, continuam a ser representantes da Igreja e da cultura cabo-verdiana.

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