Brasil, 7 de outubro de 2025
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Ilegalidade em esgoto: fiscalização flagra abuso na Barra da Tijuca

Uma fiscalização realizada pela Agência Reguladora de Energia e Saneamento Básico do Rio de Janeiro (Agenersa) descobriu um ato considerado ilegal no bairro da Barra da Tijuca, localizado na Zona Sudoeste do Rio de Janeiro. O que inicialmente parecia ser uma simples inspeção se transformou em um alerta sobre a gravidade da situação do saneamento na região. A concessionária Iguá foi acusada de tampar a saída de esgoto de um prédio comercial utilizando cimento, em resposta a uma alegada inadimplência do condomínio. Este severo incidente acendeu um sinal vermelho entre as autoridades locais, levando a investigações imediatas.

A gravidade da situação

Durante uma inspeção na Avenida Ministro Evandro Lins e Silva, no dia 3 de outubro, a Agenersa flagrou a obstrução do esgoto que, segundo informações, foi instalada pela Iguá. A prática, popularmente conhecida como “rolha de esgoto”, é vista como uma represália à falta de pagamento das tarifas de esgoto por parte do condomínio, levantando sérias preocupações sobre a saúde pública e a legalidade do ato. A agência reguladora não hesitou em notificar a Iguá para que desobstrua a rede imediatamente e também instaurou um processo administrativo contra a empresa.

Respostas do condomínio e da concessionária

O condomínio do Centro Empresarial Office Tower, onde ocorreu o tamponamento, manifestou sua indignação em nota, afirmando que a ação da Iguá é ilegal e representa um risco à saúde dos ocupantes do prédio. O síndico informou que o caso está sendo discutido judicialmente desde 2022, e que, com a falta de acesso ao esgoto, o prédio tem sido obrigado a utilizar uma estação de tratamento privada, além de realizar a retirada manual dos dejetos por um caminhão limpa-fossa diariamente.

Por outro lado, a Iguá alegou que a dívida do condomínio é acumulada desde o início de suas operações em 2022 e que a concessionária havia buscado acordos para regularizar a situação. Os representantes da empresa afirmaram que a suspensão do serviço de esgoto foi formalizada e que o condomínio possui estrutura adequada para armazenar temporariamente os resíduos, alegando que isso impede o extravasamento.

Fiscalização e resposta das autoridades

As autoridades competentes, incluindo o Procon-RJ e a Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor, disseram ter tomado conhecimento do caso por meio da imprensa e informaram que ainda não receberam denúncias formais sobre a obstrução do esgoto. A Agenersa, por sua vez, enfatizou que a legislação estadual proíbe a suspensão do serviço de esgoto quando há risco ambiental e que tais ações podem resultar em multas severas para a concessionária.

Um cenário preocupante

O caso na Barra da Tijuca não é isolado, uma vez que a concessionária Águas do Rio está sendo investigada por causas semelhantes no Centro do Rio. Relatos apontam que funcionários da Águas do Rio ameaçaram desativar o serviço de esgoto a fim de forçar pagamentos, o que ilustra uma prática preocupante de coação que pode colocar em risco a saúde e a segurança dos cidadãos.

A situação evidencia a necessidade de um debate mais amplo sobre os direitos dos consumidores e as práticas das concessionárias de serviços públicos no Brasil. A fiscalização rigorosa e a transparência nas ações devem ser prioridades para garantir que episódios como esse não se repitam, assegurando o acesso adequado aos serviços de saneamento para todos.

Com o aumento das denúncias, é fundamental que as autoridades ajam rapidamente para conter abusos que, além de serem ilegais, representam uma séria ameaça à saúde pública.

Para acompanhar o desenrolar dessa história e entender as implicações legais desse caso, continue ligado nas atualizações informativas das autoridades e da imprensa.

Leia mais sobre o caso completo aqui

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