Brasil, 8 de outubro de 2025
BroadCast DO POVO. Serviço de notícias para veículos de comunicação com disponibilzação de conteúdo.
Publicidade
Publicidade

Hugo Motta diz que MP alternativa ao IOF não perderá validade

Presidente da Câmara afirma que medida provisória não perderá validade mesmo com votação apertada nesta quarta-feira

O presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), indicou nesta terça-feira que a medida provisória (MP) que substitui o aumento do Imposto sobre Transações Financeiras (IOF) não perderá validade, mesmo com o prazo apertado para sua aprovação. A MP precisa ser votada até quarta-feira, caso contrário, perderá a validade.

Votação e debates na Câmara

Se a MP não for aprovada nesta quarta, ela automaticamente perderá validade. O texto ainda passará por votações nos plenários da Câmara e do Senado, com previsão de votação na Câmara apenas à tarde. A comissão especial aprovou o texto nesta terça, por uma margem de 13 votos a 12, em uma votação apertada.

Questionado sobre o risco de a medida perder validade, Hugo Motta afirmou que “o plenário tem que votar”. Ele também declarou que o texto será objeto de debates entre os líderes partidários. “Vou conversar com os líderes, mas é o único dia, tem que trazer para o plenário”, afirmou.

Repercussões e impacto fiscal da MP

A MP inicialmente previa arrecadação de R$ 20,9 bilhões e corte de gastos de R$ 10,7 bilhões em 2026, sendo considerada essencial para o fechamento das contas do governo no próximo ano. Contudo, ela passou por diversas mudanças, e atualmente não há uma estimativa oficial de arrecadação.

O relator, deputado Carlos Zarattini (PT-SP), excluiu o aumento da tributação sobre bets de 12% para 18% e manteve a isenção de Imposto de Renda para títulos como Letras de Crédito Imobiliário (LCI) e Agropecuário (LCA). Essas alterações representam uma perda de arrecadação de R$ 4,3 bilhões, mas foram compensadas por uma proposta de regularização de recursos e bens ligados a apostas não declaradas ou declaradas com omissão ou incorreção.

Medidas compensatórias e arrecadação

Segundo o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, a mudança deve gerar uma receita de R$ 5 bilhões, a partir da cobrança de uma alíquota de 15% com 100% de multa sobre o valor do imposto. O prazo para adesão ao regime especial de regularização será de 90 dias após a publicação da lei, mediante declaração patrimonial voluntária e pagamento de imposto e multa.

Durante a discussão na comissão, também foi aprovada a equiparação da alíquota de Imposto de Renda sobre aplicações financeiras e Juros sobre Capital Próprio (JCP) em 18%. A proposta original do governo era de uma alíquota de 17,5% para aplicações financeiras e aumento de JCP de 15% para 20%.

Outras mudanças e previsão de arrecadação

Além disso, a proposta elimina a alíquota de 9% de Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) para instituições financeiras, o que reduz a carga tributária para fintechs menores, que passarão a pagar 15%, e para as maiores, 20%. Essas mudanças entram em vigor em 2025. A arrecadação total prevista para 2026 com a MP é superior a R$ 17 bilhões, garantindo recursos para o planejamento fiscal do governo.

A MP também inclui ajustes no programa de contenção de despesas, como o programa Pé-de-Meia dentro do piso da educação, limitação da concessão de auxílio-doença e restrições na compensação previdenciária. Essas medidas são consideradas essenciais para que o governo alcance a meta de superávit de 0,25% do Produto Interno Bruto (PIB) em 2026.

A votação desta quarta-feira é decisiva para a tramitação da MP, que, caso seja aprovada, ajudará a conta pública a fechar o orçamento de 2026 com maior previsibilidade.

Para mais detalhes, consulte a fonte original: Fonte.

PUBLICIDADE

Institucional

Anunciantes