A luta contra a dengue em Presidente Prudente, no interior de São Paulo, enfrenta um desafio preocupante: o desinteresse da população pela vacina. Em um cenário alarmante, a cidade registrou 28.459 casos confirmados da doença e 24 mortes somente em 2025. A vacina, que deve ser prioridade para crianças e adolescentes de 10 a 14 anos, ainda não conseguiu atingir uma taxa de adesão desejável.
Baixa adesão à vacina
A prefeitura de Presidente Prudente revelou que, até o momento, apenas 40,7% das crianças e adolescentes dessa faixa etária receberam a primeira dose da vacina, e apenas 25,4% completaram o esquema vacinal com a segunda aplicação. O objetivo inicial era vacinar 12.736 jovens e a baixa adesão pode agravar ainda mais a situação da dengue no município, que, segundo a Secretaria Estadual da Saúde, tem o maior coeficiente de incidência da doença da região, com um caso a cada oito habitantes.
Dados alarmantes sobre a dengue
Três sorotipos do vírus da dengue (1, 2 e 3) estão circulando simultaneamente em Presidente Prudente, o que torna a vacinação ainda mais essencial. A dengue é transmitida principalmente pela picada do mosquito Aedes aegypti, e a falta de interesse pela imunização pode resultar em um aumento significativo nos casos da doença.
Como se vacinar contra a dengue
Os responsáveis por adolescentes entre 10 e 14 anos devem estar atentos ao esquema vacinal, que é composto por duas doses, com um intervalo de três meses entre elas. Para vacinar, é preciso levar o adolescente a uma Unidade Básica de Saúde (UBS), apresentando documento de identidade, caderneta de vacinação e um comprovante de residência ou escolar.
Vale ressaltar que, caso o adolescente tenha sido diagnosticado com dengue, é necessário aguardar seis meses para iniciar a vacinação. Se a infecção ocorrer após a primeira dose, a segunda deve ser aplicada normalmente, respeitando o intervalo mínimo de 30 dias após a recuperação.
Vacina disponibilizada pelo SUS
A vacina da dengue foi incorporada ao Sistema Único de Saúde (SUS) em fevereiro de 2024, inicialmente para cidades prioritárias e, em seguida, ampliada para outros municípios. No entanto, a adesão continua a ser um desafio, levando a autoridades locais a buscar estratégias para incentivar a vacinação entre os jovens.
Mutirão de limpeza para combater criadouros
Além da vacinação, a prefeitura de Presidente Prudente iniciou um mutirão de limpeza para eliminar criadouros do mosquito Aedes aegypti. Nesta primeira fase, as equipes estão atuando em áreas como o Conjunto Habitacional João Domingos Netto, Brasil Novo e bairros adjacentes. A população é incentivada a colocar materiais inservíveis na calçada para que sejam recolhidos pelos caminhões da Prefeitura.
O que será recolhido?
Os itens que serão recolhidos incluem:
- Móveis sem uso (camas, sofás, armários etc.)
- Louças sanitárias e pias
- Pneus e madeiras
- Eletrodomésticos (geladeira, fogão etc.)
- Outros objetos que possam acumular água
Itens que não serão recolhidos
É importante ressaltar que itens como lixo orgânico, entulho de construção, podas de árvores, embalagens de agrotóxicos e lixo hospitalar não serão recolhidos.
Conclusão
O combate à dengue em Presidente Prudente requer o engajamento de toda a população. Com a vacina disponível e iniciativas de limpeza em andamento, é fundamental que os responsáveis levem seus filhos para se vacinarem e colaborem no combate aos criadouros do mosquito. Juntos, podemos enfrentar essa ameaça à saúde pública e proteger a comunidade.
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