Quase duas semanas após conquistar seu mandato na Câmara dos Deputados, Adelita Grijalva ainda não foi oficialmente empossada, atrasando uma votação importante sobre Jeffrey Epstein e gerando tensões políticas em Washington.
Posse pendente e promessas não cumpridas
Grijalva afirmou ao rádio KJZZ que não recebeu confirmação oficial de quando poderá tomar posse, apesar de ter recebido garantias do presidente da Câmara, Mike Johnson. “Tenho tratado direto com o escritório dele, mas não há indicação de quando isso acontecerá”, disse a congressista.
O próprio Johnson prometeu em entrevista à CBS Mornings que a posse ocorreria “logo na semana seguinte, assim que todos retornarem a Washington”, prometendo uma cerimônia “rápida”. No entanto, a promessa foi quebrada, pois a Câmara entrou em recesso de 7 a 13 de outubro, sem sessões ou votações programadas.
Recesso e seus efeitos na agenda legislativa
O líder da Câmara justificou o adiamento com a necessidade de um período de trabalho nos distritos eleitorais, e afirmou que a Câmara concluiu seu trabalho com a aprovação de uma lei de financiamento do governo, que, porém, foi rejeitada pelo Senado.
Para Grijalva, a pausa na Câmara impede sua entrada oficial no mandato, uma situação que ela classifica como uma influência de interesses políticos para atrasar sua posse. “Estou esperando, e posso ser empossada a qualquer momento”, afirmou a congressista, que também destacou a importância do voto para liberar documentos relacionados a Epstein.
Implicações do atraso na posse e a luta pelo acesso a documentos
Grijalva se comprometeu durante a campanha eleitoral a ser um voto decisivo na pressão pelo Governo Trump liberar documentos confidenciais relacionados ao caso Epstein. Apesar de essa legislação ainda precisar passar pelo Senado, sua posse poderia acelerar o processo.
Democratas acusam os líderes republicanos de estarem induzindo o atraso para proteger Trump e evitar embaraços políticos. O impasse evidencia o impacto de manobras institucionais na transparência de investigações de alto nível.
Implicações futuras e o que esperar
Especialistas afirmam que, enquanto a situação permanece sem resolução, a demora na posse de Grijalva reforça o clima de tensão entre os partidos, além de atrasar uma decisão que pode ter repercussões nacionais. Ainda não há previsão oficial de quando a congressista tomará posse oficialmente e assumirá seu papel na Comissão de Justiça para avançar com o voto sobre Epstein.