Na última segunda-feira, dia 6, um trágico acidente ceifou a vida de Vlademir Luciana Trevizan, de 58 anos, que foi atropelado por um carro enquanto participava de um evento de ciclismo em Três Fronteiras, no estado de São Paulo. O fatídico episódio aconteceu no dia 28 de setembro, quando o ciclista foi atingido enquanto cruzava a Rodovia Éttore Bottura. A informação sobre a falta de autorização para a realização do evento foi confirmada pelo Departamento de Estradas de Rodagem (DER), gerando discussões sobre segurança em eventos esportivos.
Acidente e estado de saúde
Vlademir foi imediatamente socorrido em estado grave e levado ao Hospital de Base em São José do Rio Preto. Infelizmente, não resistiu aos ferimentos e faleceu, deixando familiares e amigos em luto. O seu velório e sepultamento estão programados para acontecer em Urânia, sua cidade natal.
De acordo com a Polícia Rodoviária, o ciclista fazia parte de um pelotão de aproximadamente 380 participantes que, apesar de estarem em uma estrada rural, necessitaram cruzar a rodovia para prosseguir com o evento. O atropelamento ocorreu em um momento em que o ciclista tentava cruzar a pista, evidenciando os riscos envolvidos na falta de uma autorização oficial para a realização do evento.
Organização do evento não tinha autorização
Os organizadores do evento de ciclismo alegaram que haviam enviado um ofício à Guarda Civil Municipal e à Polícia Militar de Santa Fé do Sul para comunicar sobre a realização do evento e os trajetos que seriam percorridos. Segundo a organização, não foram informados sobre a necessidade de pedir autorização ao DER, pois o percurso não envolveria a rodovia, exceto pelo ponto onde ocorreu o acidente.
Em resposta, o DER lamentou a morte de Vlademir e ressaltou que não havia sido procurado pelos organizadores para avaliar e autorizar a realização do evento ciclístico, o que é considerado imprescindível para garantir a segurança de ciclistas, pedestres e motoristas. A falta de autorização pode ser vista como uma falha significativa em um evento que reúne um grande número de participantes.
Consequências e reflexões sobre a segurança
O caso levanta questões importantes sobre a segurança em eventos esportivos realizados em vias públicas, especialmente quando envolve cruzamentos de rodovias movimentadas. O complexo cenário de participação em eventos dessa natureza exige planejamento e coordenação adequados com as autoridades competentes. O fato de que mais de 380 ciclistas estavam nas ruas sem a devida autorização levanta preocupações sobre as medidas de segurança e a responsabilidade das organizações que promovem tais eventos.
Além disso, o motorista do veículo envolvido no acidente passou por um teste de bafômetro, que deu negativo, o que significa que a embriaguez não foi um fator contribuinte para o atropelamento. O ciclismo, que é uma atividade saudável e crescente, precisa ser acompanhado de medidas rigorosas de segurança para evitar tragédias como essa no futuro.
Próximos passos e a importância da regulamentação
As autoridades locais e o DER devem reavaliar as diretrizes e regulamentações que cercam a realização de eventos de ciclismo e outros esportes que utilizam as vias públicas. A segurança dos participantes e a proteção dos motoristas que utilizam as estradas devem ser priorizadas, garantindo que todos os eventos sejam conduzidos em conformidade com as leis vigentes.
Neste momento de luto, a comunidade se mobiliza para refletir sobre a importância de se realizar eventos com responsabilidade e planejamento, a fim de proporcionar segurança a todos os envolvidos. É necessário um esforço conjunto entre organizações, autoridades e ciclistas para que situações trágicas como essa não voltem a acontecer.