Brasil, 7 de outubro de 2025
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Antídoto contra intoxicação por metanol chega ao Brasil esta semana

Fomepizol, antídoto para intoxicações por metanol, deve ser importado dos EUA e distribuído pelo Ministério da Saúde.

O Brasil recebe uma importante ferramenta no combate às intoxicações por metanol com a chegada do antídoto fomepizol, prevista ainda para esta semana. Importado dos Estados Unidos, o medicamento será distribuído pelo Ministério da Saúde e já é uma expectativa significativa, especialmente diante do aumento nos casos de intoxicações por bebidas adulteradas.

O que é o fomepizol e como ele atua?

O fomepizol é um antídoto eficaz utilizado no tratamento de casos graves de intoxicação por metanol, um álcool industrial altamente tóxico. Quando ingerido, o metanol é metabolizado pelo fígado em substâncias ainda mais nocivas que podem causar cegueira, coma e até a morte. O antídoto age bloqueando a enzima álcool desidrogenase, impedindo assim a transformação do metanol em compostos tóxicos.

De acordo com a farmacêutica Daiichi Sankyo Brasil, que representa o laboratório japonês responsável pelo fornecimento, o fomepizol deve ser administrado logo nos primeiros sinais de intoxicação. Sua eficácia supera a do etanol farmacêutico, e o tratamento geralmente consiste em quatro doses principais, com a expectativa de melhora dos sintomas em até 48 horas. Em situações mais graves, a utilização de diálise pode ser necessária.

Expectativas e distribuição

O sistema de saúde brasileiro aguarda com ansiedade a chegada do medicamento, especialmente considerando a recente escalada de casos de intoxicação. O Ministério da Saúde confirmou 17 casos de intoxicação por metanol no país, com 217 notificações de possíveis envenenamentos ocorrendo em 2023, das quais 200 ainda estão sob investigação.

A principal suspeita recai sobre vodcas e gins falsificados, e investigações estão em andamento na Polícia Civil de São Paulo para verificar o uso de metanol na higienização de garrafas reutilizadas e como agente de aumento de volume em bebidas clandestinas. Informações adicionais revelaram que perícias já descobriram a presença do metanol em duas distribuidoras paulistas. Especialistas alertam que o metanol é insípido e inodoro, tornando sua detecção muito difícil sem exames laboratoriais.

Como se proteger da intoxicação por metanol?

Diante do risco representado pelas bebidas adulteradas, é essencial que a população tome algumas precauções. O Ministério da Saúde recomenda que os consumidores adquiram bebidas apenas em locais confiáveis, verifiquem lacres e selos fiscais, e sempre desconfiem de preços muito baixos.

Além disso, é importante estar atento a sinais de intoxicação, como tontura, visão turva ou náusea, e procurar atendimento médico imediato caso esses sintomas se manifestem, informando sempre a origem da bebida consumida.

Um reforço necessário no combate às intoxicações

A chegada do fomepizol representa um avanço significativo na luta contra as intoxicações por metanol, reforçando os esforços das autoridades sanitárias no Brasil para garantir a segurança da população. Este medicamento não será comercializado em farmácias, uma vez que é de uso hospitalar e injetável, mas será disponibilizado por meio do sistema público de saúde.

As autoridades e a farmacêutica envolvida estão colaborando para viabilizar esse processo de distribuição, com atenção à segurança dos pacientes. A expectativa é que, com a disponibilização do fomepizol, seja possível mitigar os efeitos devastadores das intoxicações por metanol, que já têm mobilizado os sistemas de saúde em todo o país.

A situação exige um comprometimento coletivo e a conscientização da população sobre os riscos das bebidas adulteradas. Infelizmente, o metanol não altera cor, cheiro ou sabor, por isso, a educação e a vigilância são vitais para prevenir casos de intoxicação.

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