Brasil, 7 de outubro de 2025
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Antídoto contra intoxicação por metanol chega ao Brasil

Tragédia em São Paulo destaca o perigo do metanol em bebidas adulteradas; antídoto será disponibilizado em breve.

Nos próximos dias, o Brasil receberá um antídoto fundamental no combate aos efeitos da intoxicação por metanol, uma substância altamente tóxica usada em bebidas adulteradas que vem causando fatalidades em várias partes do país, como exemplificado pela recente perda trágica de Bruna Araújo, de 30 anos, no estado de São Paulo.

Aumento das intoxicações e o impacto da tragédia

A terceira morte confirmada em São Paulo devido à ingestão de bebidas alcoólicas “batizadas” com metanol foi anunciada pela Prefeitura de São Bernardo do Campo e ratificada pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo. Bruna Araújo estava internada em estado grave após consumir vodca misturada com suco de pêssego e faleceu na segunda-feira, 6 de outubro. Seu velório ocorreu na terça-feira, 7 de outubro, e a administração municipal expressou suas condolências à família.

A Secretaria Municipal da Saúde informou que Bruna recebeu cuidados paliativos após suas condições se deteriorarem, uma decisão que foi tomada em conjunto com seus familiares. É importante destacar que a morte dela não constava no boletim do governo do estado, pois ocorreu após a divulgação do documento.

Contexto epidemiológico da intoxicação por metanol no Brasil

De acordo com dados recentes, a Vigilância Epidemiológica de São Bernardo do Campo registrou 78 notificações de suspeitas de contaminação por metanol até a mesma data da confirmação da morte de Bruna. O Ministério da Saúde confirmou 17 casos de intoxicação por metanol em todo o país, totalizando 217 notificações envolvendo a ingestão de bebidas alcoólicas adulteradas. Destas, 15 foram confirmadas em São Paulo, e mais 164 estão em análise, representando 82,5% do total.

O que é o metanol e seus perigos

O metanol é uma substância inflamável e tóxica que pode causar sérios problemas de saúde apenas com a ingestão, inalação ou até mesmo contato prolongado. Os sintomas incluem náuseas, tonturas, convulsões, cegueira e podem culminar em morte. A dificuldade em identificar a presença do metanol em bebidas torna essa substância ainda mais perigosa para o consumidor desavisado.

Relatos apontam que Bruna estava em um bar de São Bernardo do Campo com amigos, assistindo a um show, e começou a passar mal no dia seguinte, apresentando sinais de intoxicação. A amiga dela, Gabriela Damasceno, mencionou que Bruna estava alegre e se divertindo, mas, ao acordar, sentiu náuseas e tiveram que levá-la ao hospital.

A resposta das autoridades e o futuro do antídoto

A polícia está investigando o caso e esteve na distribuidora que supostamente vendeu a bebida consumida por Bruna. As autoridades estão se esforçando para identificar todos os fornecedores e tomar as devidas providências. A família de Bruna afirmou que ela recebeu o antídoto para o metanol e passou por sessões de hemodiálise, mas, infelizmente, não logró sobreviver.

O anúncio da chegada do antídoto contra o metanol é um alívio para muitos, pois a intoxicação por metanol é uma questão séria de saúde pública no Brasil. A expertise médica e o preparo de equipes para intervenções rápidas são cruciais para evitar mais tragédias.

Reflexões sobre a segurança na venda de bebidas

Esse caso trágico levanta um ponto crítico sobre a segurança do consumo de bebidas alcoólicas no Brasil. O aumento de casos de intoxicação por metanol não pode ser ignorado, e medidas robustas precisam ser implementadas para garantir que as bebidas comercializadas sejam seguras para a população. Além de políticas rigorosas de fiscalização, é essencial que os consumidores se tornem mais conscientes dos perigos associados à ingestão de bebidas de procedência duvidosa.

Enquanto aguardamos a chegada do antídoto, é vital que todos estejam cientes dos riscos e se protejam contra essa ameaça silenciosa que pode se esconder em bebidas aparentemente inofensivas. O caso de Bruna Araújo é um triste lembrete de que a atenção e vigilância são necessárias para manter a segurança na sociedade.

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