A Vinci Compass, casa de investimentos fundada no Rio de Janeiro que administra R$ 340 bilhões na América Latina e nos Estados Unidos, anunciou nesta segunda-feira um acordo para adquirir 50,1% da gestora Verde, de Luis Stuhlberger. A operação ocorrerá em duas fases, com a primeira envolvendo a emissão de ações na Nasdaq e pagamento de cerca de R$ 46,8 milhões.
Detalhes da aquisição e estrutura da transação
Na primeira fase, a Vinci, que é listada na bolsa de tecnologia Nasdaq, emitirá 3,1 milhões de ações classes A e realizará o pagamento de R$ 46,8 milhões para obter o controle acionário da Verde. Os papéis da Vinci fecharam nesta segunda-feira em leve alta de 0,19%, cotados a US$ 10,72. A segunda etapa, prevista para ocorrer após cinco anos, possibilitará à Vinci adquirir os 49,9% restantes, mediante o atingimento de metas estabelecidas, em uma operação conhecida como earnout. O valor estimado para essa fase é de R$ 127,4 milhões.
Independência da Verde e impacto na gestão
Segundo o comunicado oficial, a estrutura da operação preserva a autonomia da Verde, mantendo Luis Stuhlberger no controle da gestora. Além disso, o negócio garante a participação de Stuhlberger como sócio da Vinci, cuja equipe, liderada por Alessandro Horta e Gilberto Sayão, continuará atuando normalmente sob um modelo de governança independente. A conclusão da transação está condicionada à aprovação regulatória e deve ocorrer até o final do ano.
Integração de estratégias e perspectivas futuras
O negócio visa ampliar a escala de ambas as casas, fortalecendo a capacidade da Vinci nas áreas de multimercado e previdência graças à expertise da Verde nesse setor. Além disso, a união potencializa a atuação em produtos voltados a clientes de alta renda e investidores institucionais. “A entrada da equipe da Verde na parceria eleva nossa plataforma”, afirmou Alessandro Horta, CEO da Vinci, destacando que a operação acelerará o lançamento de novas estratégias e ampliará o diálogo com investidores na região.
Visão dos envolvidos e objetivos da transação
Luis Stuhlberger ressaltou que a aquisição representa uma oportunidade de crescimento para a Verde e seus clientes, combinando a tradição do multimercado da gestora com a distribuição pan-regional e a profundidade em investimentos alternativos da Vinci. “Criamos uma plataforma mais ampla para desempenho e inovação, preservando nossa independência de investimento”, afirmou o CEO da Verde em comunicado.
A Vinci, atualmente forte em participações, real estate, infraestrutura e ativos florestais, busca consolidar sua presença também nas áreas de ações, produtos globais e soluções de investimentos. O negócio reforça a estratégia de ampliar atuação e oferecer soluções diferenciadas para diferentes perfis de clientes.
Segundo Alessandro Horta, a aquisição reforça a capacidade de diálogo e inovação da Vinci, que busca constar entre as principais gestoras da região. A expectativa é que a transação seja concluída até o fim de 2025, após aprovações regulatórias.
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