O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou ter tido uma conversa “muito boa” com o presidente brasileiro, Luiz Inácio Lula da Silva, na manhã desta segunda-feira. O telefonema, que se concentrou principalmente em questões de economia e comércio, foi confirmado pelo Palácio do Planalto e aconteceu após o encontro virtual entre os dois na Assembleia Geral da ONU, há duas semanas.
Reforço das boas relações entre os líderes
Segundo Trump, a ligação foi marcada por uma sensação positiva e pelo entendimento de que ambos os países podem se beneficiar de uma cooperação mais estreita. “Nossos países podem se dar muito bem juntos”, afirmou o republicano, em tradução livre. Ainda de acordo com sua publicação na rede social Truth Social, mais discussões estão previstas, incluindo uma possível reunião na Malásia, durante a cúpula da ASEAN, em que Lula deve viajar a Kuala Lumpur no dia 24 de outubro.
Reunião virtual e temas abordados
O Palácio do Planalto confirmou que a conversa ocorreu após um encontro de assessores de Lula com Trump nos últimos dias. Ambos relembraram a “boa química” entre os dois durante a Assembleia da ONU, destacando o alinhamento de interesses dos dois governos.
Durante o telefonema, Lula pediu a revogação das tarifas de 40% cobradas sobre produtos brasileiros e solicitou a retirada de sanções a autoridades brasileiras, incluindo o ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. Apesar de Moraes não ter sido citado formalmente na conversa, fontes do governo indicaram que o pedido também voltou a tratar do ministro e de outras autoridades sancionadas, como na Lei Magnitsky.
Contexto das sanções e negociações
A solicitação de Lula ocorreu sem menção direta à Lei Magnitsky ou ao ex-presidente Jair Bolsonaro, mas foi uma clara intenção de aliviar as sanções impostas pelo governo americano. A ligação partiu da Casa Branca e mostra um movimento diplomático de tentativa de melhora nas relações bilaterais, após anos de tensões.
Perspectivas de encontros futuros
Lula e Trump também combinaram de se encontrar pessoalmente, possibilidade que deve acontecer na cúpula da ASEAN na Malásia. Segundo o governo brasileiro, os dois líderes devem realizar o encontro na próxima semana, reforçando a intenção de fortalecer a relação entre as duas maiores democracias do Ocidente.
A conversa foi considerada uma oportunidade para restaurar uma relação amistosa de 201 anos entre Brasil e Estados Unidos, além de reforçar a posição do Brasil no cenário internacional como um país com superávit na balança de bens e serviços com os EUA, segundo o Planalto.
Para o governo brasileiro, o diálogo também simboliza o desejo de encerrar tensões e retomar um relacionamento baseado na cooperação e interesses comuns. Lula afirmou que essa aproximação pode abrir caminhos para futuras negociações que beneficiem ambos os países.
Para mais informações, acesse a matéria completa em O Globo.